quarta-feira

deambulações

é um registo cansativo este: pensar português, ora em francês, ou em inglês... sem um curso de línguas e literaturas modernas devidamente homólogado. há quem tenha caído na profissão para fazer a tal viagem de uma vida, há quem quisesse inocentemente mudar o mundo e quem apenas tenha pensado contar histórias - coisa tão antiga como a humanidade.
mas há tantas maneiras de dizer 'era uma vez' que verdadeiramente nada ficciona o real. é claro, pois, que não sobra arte para contar. a sobrecarga de informações submerge o discernimento. isso faz os dias assim: saltitantes no registo da língua, vagueantes nas emoções, sem espaço para ancorar o ser a porto seguro.

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