sexta-feira

(a normalidade e) o medo

medo da solidão
contrariá-lo numa aprendizagem diária, na partilha de solidariedade

o medo do escuro
não tenho, nunca tive, mexo-me às claras, como o animal que vê nas trevas

o medo dos outros
não conheço, acredito, espeto-me de frente, e continuo a acreditar... até um dia

o medo do poder
não sinto, nunca senti, não reconheço, vivo na distância

o medo de ser menos, de estar áquem
só creio na autoridade de experiência feita, e tudo vale o esforço para ser-se melhor

o medo de arriscar o desconhecido
100% assumido, dois passos em frente um passo à rectaguarda e um plano b se possível

o medo do roubo, dum assalto
não experimento, nem me lembro dessa possibilidade, às vezes acontece, esqueço novamente

o medo da doença fatal
tento não pensar nisso, receio pelos que me são queridos, evito sofrer por antecipação imaginária

o medo da intolerância, do preconceito
sim, já teve a forma das cruzadas, da santa inquisição, do lápiz azul, do ku klux klan, do fanatismo islâmico, agora veste-se de censura descaradamente disfarçada der mentira e excesso de zelo

o medo de ser frontal
ignoro, não seio que é, nunca soube, nunca saberei

o medo do sofrimento
não é o medo que tolhe, é o próprio sofrer que doi. só isso.


isto tudo mete medo a alguma gente.

1 comentário:

katikat disse...

Ai tantos tipos de medos.. Até dá medo.. lol