esta manhã, a minha vizinha não me deu um bom-dia. aliás, ela nem estendeu a toalha à janela. também pudera: começou a chover abruptamente! momentos depois, o sol irrompeu as nuvens e segurou esse lacrimejo celestial, absolutamente desproporcional para um dia de setembro.
o que me apetece dizer é, precisamente, que o tempo resolve(-se). há quem o arraste e com ele se arraste entre detritos e engulhos. e há quem o respeite. a minha mãe ensinou-me que o respeitinho (pela liberdade) é muito bonito. além disso, o tempo põe-nos no lugar.
temos todo o tempo do mundo. até ao dia em que, por alguma razão, o tempo se suspende ad eterno: deixamos de medi-lo nós, mas ele continua a reger as vidas que restam.
às vezes, vamos a tempo de emendar precipitações fora de tempo. outras vezes, não: a gaveta fechou-se. coisas do tempo.
* * * * *
[que sais je?
"la résilience est à la fois la capacité de résister à un traumatisme et celle de se reconstruire aprés lui".]
* * * * *
«Ay que pesado*, que pesado, siempre pensando en el pasado,
no te lo pienses demasiado
que la vida está esperando.
Cuanto tiempo hace falta
para que borres las heridas que te hiciste en el amor.
Cuantas veces te he dicho
que solo tu tienes la lleve que abre y cierra el dolor.
Mira que hemos hablado
que los recuerdos son mentiras y que inundan la razón.»
*ana torroja
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