quinta-feira

uma história de livros

aquele dito da tsf, ...por uma boa história vamos ao fim da rua... , sempre me pareceu lindo, lírico e limpo. é muito semelhante à minha relação com certos livros, coisa quase irracional, intuitiva.
há uns anos que 'persigo' um livro - mais um! lembro-me que começou quando o vi nas mãos de maria de lurdes pintasilgo. o título seduziu-me - pecado meu, o fascínio por certos títulos - e tratei de saber do que falava. há anos que procuro esse livro até que, sendo impossível adquiri-lo de forma 'normal', procurei na net e fui ter ao brasil. o problema surgiu finalmente com o pagamento do livro. a coisa processou-se através de um portal, que publicita livros usados disponíveis. nada de cartão de crédito, nem transferência, nem depósito. esta semana recebi do outro lado do atlântico um email de um senhor a oferecer-me 'flores raras e banalissímas' na condição de, em troca, lhe arranjar um de dois títulos específicos editados cá. fácil, disse eu, e qual dos dois prefere? começou assim uma proposta de negócio, para mim, original: ele sugere que lhe envie os dois, e oferece-me três (o que procuro e dois títulos que deverá ter achado do meu agardo). que sim, fazemos negócio, disse-lhe (afinal o euro é muito mais forte que o real). agora, versão quase final, ele garante-me que dentro de dias recebo os três títulos e mais um, de bónus. os dele, seguem amanhã para são paulo.

terça-feira

totalmente a despropósito

... ocorreu-me que a (nossa) democracia ainda não saiu daqui:


segunda-feira

urbanismos

quando à exiguidade do tempo se junta a falta de dinheiro, com tempo desperdiçado à toa e não há maneira de o evitar, tem-se uma vida da treta.

domingo

algoritmo

amy mcdonald_ nx269_ uh huh her = 366 (-2 5ªs)

terça-feira

uma vida inventada

o último livro de maitê proença agarrou-me pelos colarinhos antes mesmo de lhe pôr a vista em cima. foi quando, na semana passada, li umas duas ou três entrevistas da autora sobre este romance (?), agora lançado em portugal. ontem, corri 'seca e meca' para encontrar uma vida inventada na livraria do costume, com o desconto a que tinha direito. tentativas goradas, deitei-lhe a mão num continente, por 13,5 euros.
poucas coisas me põem tão fora de mim como a perseguição inexplicável a que me impelem alguns livros. resultado: comecei a leitura de imediato, como uma criança que come chocolates às escondidadas. dum trago engoli um quarto, no quarto, escondendo o sono. não sei do que estou a gostar mais - se do despojamento da narrativa, da crueza da história, do terra-a-terra da autora, tudo preto no branco, uma ternura desmedida, uma desfaçatez face ao destino, a confissão sem fim. capa fracota, narrativa superior. uma vida inventada tem frases como esta: 'quando faço tudo certo, ainda assim faço errado'.
na literatura destas "memórias trocadas e outras histórias" cabe tudo.
a realidade ultrapassa sempre a ficção.

p.s. - com humor e ironia

segunda-feira

forever young

não sei qual foi a ordem dos factores. ele ofereceu-me 'porrada' em jeito de piada, para lembrar os velhos tempos. e disse que eu estava com ar anos 80, tipo dexy's...
ele já escreveu um livro, aliás, fez melhor: desenhou-o.
nos anos 80 eu acreditava que o mundo era um sítio interessante para explorar com curiosidade. e, ao mesmo tempo, era tranquilo.
era outro, o tempo.

terça-feira

entre_vírgulas

não sei quando começaram a festa . apeteceu-me simplesmente divulgar. acredito que algo se muda com pequenos passos (tenho até uma bela história à volta do que foi escrito sobre...)
a festa repetiu-se e tornou-se grande. com virtudes e falhas, como tudo. volta agora para uma grande despedida de um ano fraquinho. outra vez num dos mais belos pavilhões de lisboa.
so, keep making a difference

nada de profundo

este blog anda cheio de 'economês': tretas!
não me apetecem as eleições nos states,
nem a vidinha do trabalho,
nem pensar muito,
férias, pode ser?

domingo

do outro lado

há argumentos que são mesmo uma grande história. o deste filme, de fatih akin, é dessas.
"do outro lado" continua nos cinemas - imperdível, para quem gosta de histórias humanas. tem pais e filhos, o preço da liberdade, surpresas atrás de surpresas, o sentido da vida de cada um, alemanha e turquia, a impotência, o sentimento de culpa, a dor e o amor. intenso sem ser dramático. imponderáveis a rodos. banda sonora q.b.

pergunto-me

como é que um banco que está com problemas sérios há vários meses justifica que o governo reuna em conselho de ministros num domingo, para anunciar que tenciona tomar conta do dito banco? não podia faze-lo na segunda-feira?!

ps= está tudo doido?