terça-feira

antónio lobo antunes (2)

"As crónicas. É evidente que, como desenhos à margem dos livros, elas acabam por conter tudo."
"As crónicas são textos muito mais imediatos, são escritas muito depressa, sem qualquer ideia ou plano preconcebidos. Vem a primeira palavra e são as próprias palavras que se engendram umas às outras."
"Não acredito no êxito porque é efémero, só acredito no trabalho persistente e humilde."
"Os bons escritores são pessoas que não mentem no seu trabalho."
"Quando falamos de mau gosto, estamos normalmente a falar em relação àquilo que achamos que é o bom-gosto. Sempre me confundiu que houvesse árbitros de elegância e de bom-gosto."
"Não é muito difícil, se formos atentos, penetrar na intimidade de outras pessoas..."

antónio lobo antunes (1)

não sou propriamente uma grande fã de antónio lobo antunes. nem sei se merece o nobel... fiquei-me pelos seus primeiros livros: 'memória de elefante, 'os cus de judas' e pouco mais. espreito-lhe as crónicas, que publica há anos, e uma ou outra entrevista, quando parece fazer sentido... - como à Visão, a 23 Fevereiro 2006, entrevistado por sara belo luís a propósito do Terceiro Livro de Crónicas.
confesso: gosto muito de crónicas.

segunda-feira

dias com mais de 24 horas

...num fim de semana com dois dias.

não sei se é assim com eles, mas algumas mulheres conseguem esticar um fim de semana ao ponto de meterem nele quase tudo: horas de aulas, trabalho para adiantar em casa, compras inevitáveis, pequenos compromissos, confeccionar refeições, tratar de roupas, fazer arrumações, um pouco de cinema, leituras avulsas, e até as pequenas crises familiares.
sobreviver a um fim de semana assim, onde até choveu copiosamente todo o sábado, é... memorável!

[mas é claro que não há super-mulheres]

sexta-feira

meu instinto básico...

...é ver os outros felizes.
e, apesar da desconfiança metódica a que voto as loiras (!), amigos e amigas:
esta loira está de volta (Basic Instinct 2)!
catherine tramell faz regressar ms. sharon stone no esplendor dos seus quarentas e muitos, e sem o canastrão do michael douglas.

juro que não dei pelo erro

juro que não é do fim de semana estar aí... e prever-se complicado e trabalhoso.
juro que não é do inverno nem do frio, nem de olhar à volta e ver tanto esforço inglório e tanta 'balda' premiada.

há dias em que saímos para o trabalho a pensar na história fascinante que vamos desencantar e regressamos a casa ainda mais desencantadas - a pensar que, nalgum momento, algures num passado impreciso, errámos!... pois se o guião era o mesmo, tal como os ingredientes etc. e tal, o desfecho da história não podia ser mais oposto.

Ilona



o fenómeno,inusitado, começou em março de 2005 com "un monde parfait" e já vendeu milhões de discos.
Ilona Mitrecey é a adolescente real por trás da bonequinha animada em 3D - que encanta e enerva, crianças e adultos - nos clips musicais franceses. Ilona já tem dvd com os clips reunidos e em outubro de 2006 será espectáculo musical.

quinta-feira

ler o Segredo...



O livro de Annie Proulx, que deu origem ao filme O Segredo de Brokeback Mountain, acaba de ser editado em Portugal.

Ingrid





Ingrid Betancourt, senadora e ex-candidata à Presidência da Colômbia pelo Partido Verde Oxygeno. Faz hoje 4 anos (!) que foi sequestrada juntamente com Clara Rojas, pela guerrilha das FARC..
Esquecer os sequestrados é condená-los.

quarta-feira

viva o hiperrealismo!


Mother and Baby (2001)"is the most unflinchingly affectionate portrait of childbirth you'll probably ever see" - diz a crítica
Ron Mueck (nasc.1958), australiano, ex-construtor de brinquedos, expõe em Paris.

o gesto é (quase) tudo?

nada como 'testar' o que sabemos sobre gestualidade e expressão corporal

os mitos da igualdade de género


é este o tema de capa da Newsweek-Europe desta semana.
o pressuposto é naturalmente americano: "Esqueça os mitos da igualdade de oportunidades. As mulheres europeias conseguem ter um emprego - mas não uma carreira"
mesmo assim, vale a pena uma leitura atenta

terça-feira

na ordem sff

tem razão o paulo baldaia. e para que se metam os jornalistas na ordem, faça-se como nas outras Ordens: exija-se-lhes uma licenciatura e provas profissionais; a seguir, de preferência, que (os jornalistas) sejam tornados profissionais liberais.
depois, com os jornalistas já na ordem - uns, porque outros serão 'chumbados' na admissão - criem-se os conselhos de especialidade: os jornalistas de economia, os de política, os de desporto, os da cultura, etc. ... ou então, os dos copos, os especiais de corrida, os portistas, os ex-assessores, os amigos dos amigos d...
mas não é tudo o mesmo?!

0845 124 PINK*

começam a circular na próxima sexta-feira, segundo noticia a imprensa internacional, os taxis cor-de-rosa. taxis apenas para mulheres e menores de doze anos: garantem segurança e paz de espírito aos passageiros.
para já, os primeiros 15 pink ladies só vão circular em Londres, mas as empreendedoras admitem espalhar o conceito através de franchising.

* nº de telefone para chamar um pink cab

faz sentido?

... no Ocidente - o da tolerância, da liberdade, do direito à opinião - alguém ser condenado à cadeia por escrever um livro em que nega o Holocausto?
David Irving, escritor e historiador britânico, eventualmente um grande mentiroso ou um perfeito louco, foi condenado por um tribunal de Viena a três anos de cadeia por defender aquela tese.

[felizmente, no meio de tanto debate sobre a liberdade de expressão, os cartoons e a alegada necessidade de uma ordem dos jornalistas, há quem pergunte: faz sentido?]

segunda-feira

inovação é...


ter ideias destas.
renova red - o mais recente lançamento da marca portuguesa.
depois do papel higiénico preto, a renova inova outra vez.
quem mais se lembraria de dar este uso ao "vermelho paixão"?

domingo

'cotas' & quotas no jornalismo

um post no glória fácil, lamentando a ausência de homens em reportagem no parlamento e sugerindo quotas de géneros no jornalismo, reforça a oportunidade da leitura atenta de um estudo global, noticiado esta semana:
"Quem faz as notícias" - projecto de monitorização dos media,envolvendo 76 países e, em Portugal, realizado pelo Instituto de Estudos Jornalísticos da Universidade de Coimbra.Aí se revela que há, cada vez mais, mulheres jornalistas, mas há poucas mulheres nas notícias.
Partindo do princípio de que ser notícia não é linearmente positivo, o "elas" não serem notícia até podia não ser má notícia...
Mas a investigadora portuguesa responsável pelo estudo, Maria João Silveirinha, justifica: "os editores, na sua maioria homens, é que têm poder para decidir a agenda e não as mulheres"; "os homens são sobretudo chamados ao lugar de comentadores e as mulheres a dar a sua própria experiência, a vox populi" (...)"As notícias são uma janela para o mundo, mas este projecto mostra que não é bem assim. As mulheres são invisíveis neste mundo. Há cinco notícias de homens para uma de mulheres, quando mais de 50% da população mundial são mulheres".

Voltemos às quotas: jph sugere e f. contrapõe/questiona se se trata de "cotas".
Ambos têm razão: seria interessante analisar porque é que as redacções estão a perder a experiência e a memória dos "cotas" e a quem isso interessa; e poderia ser interessante ensaiar "quotas" nos media para facilitar a paridade de géneros.
Como os bons exemplos devem vir do topo, que tal começar-se pelos cargos de direcção?

concidadãos da Net

quem sabe, sabe.
e para sabermos um pouco mais sobre 'isto' da blogolândia, nasceu em França uma revista dedicada. agora só falta assinar NETIZEN: será possível? e quanto tempo irá durar ela?

sábado

nascimento de um gigante

le nouvel obs (na capa, uma das belas filhas de Ravi Shankar)traz esta semana um 'especial' com quase tudo o que ignoramos sobre a India.

fascínio intemporal

O Taj Mahal é, porventura, o grande símbolo de um (outro) país que me fascina: a India, o segundo mais populoso do mundo, o quarto maior PIB e, ao que dizem, mais de 300 milhões de "ricos" - mais que toda a União Europeia.
E o Ocidente que continua tão (pre)ocupado com o desenvolvimento económico da China...

sexta-feira

o Chile vale a pena...



... por outras (todas as) razões.

Llama looking thoughtful on shores of Lago Chungara, northern Chile
(Photographer: Chris Beall)
All images © Lonely Planet Images

paridade é...

"O Governo de Michelle Bachelet, que toma posse a 11 de Março, será composto por dez mulheres e dez homens. A nova Presidente «cumpriu a sua promessa de paridade», constata La Nacón. Para o Ministério da Defesa - posto que ela própria ocupou - escolheu Viviane Blanlot; a pasta da Economia foi entregue a Ingrid Antonijevich."

[in Courrier Internacional - Ed. portuguesa nº46, 17.Fev.2006
"CHILE - O que Bachelet aprendeu na RDA", por Roberto Ampuero]

...elas e eles correrem os mesmos riscos de 'asneirar'.Isso, sim, é paridade.

quinta-feira

a rusga

confesso que apreciei a rusga de ontem da PJ, juizes e procuradores, ao entrarem de rompante pelo jornal 24 horas: os jornalistas portugueses tornaram-se mais importantes.

anseio pelo dia em que uma equipa de igual gabarito entre, de rompante, pela reunião do Conselho de Ministros adentro, para investigar, por exemplo, a legitimidade do parque de viaturas ou os cartões de crédito, arrebanhando para investigação os portáteis com que o governo foi equipado...

ou o momento em que outra equipa irrompa pela reunião do conselho de administração da PT ou do "board" da Sonae, para tirar a limpo os investimentos de cada um dos grupos, levando, para inquirir, os "cérebros" das empresas, os seus palm tops, telemóveis e demais tecnologia

aguardo também a ocasião em que o ministro Freitas do Amaral e o embaixador do Irão em Lisboa são interrompidos num pequeno almoço de trabalho, quando os agentes, juizes e procuradores resolvem dar ordem aos empregados de mesa do hotel: "nínguém toca mais num prato", e toca de levar as agendas electrónicas dos ditos políticos...

então sim, a coisa fica séria. não sei é se se acabam as fugas de informação...

[mas não vale incluir almoços de árbitros com dirigentes desportivos, condutores prevaricadores à conversa com agentes da BT, reuniões de autarcas com construtores civis, and so on...]

quarta-feira

humor negro

amante, muito doente, em casa.
telefonar-lhe, a perguntar se se aguenta
ou se já se pode enviar as flores.

desnorte

uma tal josefa w. enviou-me um email a avisar:
"My Friend, You are in Trouble"
que devo pensar?
alguém sabe onde fica Trouble?

terça-feira

o amor é...

... fodido.

[sic MEC]

sonhos e lembranças (fim)

agenda do dia:
inventariar os amores passados (!)
analisar a situação presente (!)
fazer projectos para o futuro (!)

os resultados não serão sempre... inconclusivos?

sonhos e lembranças

... é disso que se pode fazer um dia de são valentim.
não pela santidade da data mas pelo enamoramento.

[adenda: o amor capitalista pós-moderno]

segunda-feira

(des)blogueador(a) de afectos

uma das razões é poder escrever, sem que me paguem.
usar todas as palavras inventadas e outras tantas, como explicou o jph.
mas, quem se mete nisto, não sabe no que se mete.
[pergunto se não terá chegado o tempo de recolher.]

junta-se curiosidade, um pouco de raciocínio e alguma intuição.
descobrem-se sítios privados de conhecidos
num mundo com muito poucos limites...
e também há momentos felizes - como reencontrar pessoas amigas.
[obrigada, MM]

sinais esquivos

nunca entenderei as lágrimas furtivas, como as respostas furtivas.
umas, porque sublinham a emoção,
outras, porque furticam a inteligência

[furticar - v. tr., Minho, furtar aos poucos]

toda a nudez... sem pudor, sem pecado

encontrar num jornal uma ideia original ou, pelo menos, diferente, que dá uma boa história, não é muito comum.
acontece hoje na secção cidades do dê éne, à página 31
"a mulher que retrata sem pecado toda a íntima nudez maternal"

domingo

always the sun

How many times have you woken up and prayed for the rain?
How many times have you seen the papers apportion the blame?
Who gets to say, who gets the work and gets to play?
I was always told at school, everybody should get the same

How many times have you been told, if you don't ask you don't get?
How many liars have taken your money, your mother said you shouldn't bet?
And who has the fun, is it always the man with the gun?
Someone must have told him, if you work too hard you can sweat

There's always the sun
There's always the sun
Always, always, always the sun

How many times have the weathermen told you stories that made you laugh?You know it's not unlike the politician and the leaders
When they do things by half
And who gets the job, of pushing the knob
That sort of responsibility you draw straws for, if you're mad enough

There's always the sun
There's always the sun
Always, always, always the sun


- The Stranglers, 1986

[a privação gera descompensação...
J. resgatou-a da net, porque ela não me sai da cabeça.
M. comentou que é uma música do meu tempo(!?).
D. admite que é gira.]

máquina zero

Por ser sobre a Guerra do Golfo - recordo bem a investida 'cirúrgica' -e por ser do realizador Sam Mendes, que fez "Beleza Americana", concedi ver "Jarhead - máquina zero". É, de facto, um filme sobre o fim da inocência face à guerra e sobre os tempos de espera dos seus obreiros, quando a guerra deixa de ser 'convencional'.
Lá se diz que "as guerras são todas iguais e são todas diferentes". Confesso o meu preconceito em relação à guerra, a quem a faz, a quem vive da sua plausibilidade.
Mesmo quando 'limpas', as guerras são todas cruéis e patéticas.

sábado

ao acaso...

... dei com a pequena que tem um blog com uma das frases mais engraçadas: "Les femmes qui veulent être les égales des hommes manquent sérieusement d'ambition."

país relativo

"País engravatado todo o ano
e a assoar-se na gravata por engano.[...]
País do cibinho mastigado
devagarinho.[...]
País do eufemismo, à morte dia a dia
pergunta mesureiro: - Como vai a vida?[...]
Nhurro país que nunca se desdiz.[...]
A Santa Paciência, país, a tua padroeira
já perde a paciência à nossa cabeceira."


[Alexandre O'Neill, 1965]

país em inho

"Não é possível suportar tanta água benta
tantos infernos tantos paraísos
tanta alma a salvar-se. Não é possível
tanto salvador vestido de absoluto.
Neste país do pouco. Neste país do muito. […]

Não é possível suportar tanta ideia cinzenta
tanto bolor de caserna e de convento
lajes lírios lágrimas. E os círios.
Tanto 1º de Novembro e tanto Império.
Neste país tão sério. Neste país tão sério.. […]

E já não posso suportar tanta doença
tanta cebola a fazer de flor tanta mezinha
tanta Zita Santa Zita tanto rito
tanto guisado e catecismo. Tantas coisas em inho.
Neste país quietinho (...)"


[Manuel Alegre,1981]

país

"Oh, minha senhora!... dê lá um jeitinho,
é só para facilitar.
se der um jeitinho, a gente desenrasca(-se)
...temos de facilitar."

Depois deste monólogo-dialogado, lembrei-me do país em inho relativo.

sexta-feira

d(r)ama vip

uma das minhas máximas é que...
a realidade ultrapassa (sempre) a ficção
por mim, já não precisava de provas.
quem as quiser, veja o crime, em lux, no correio da manha

[ascensões fulgurantes, fragilidades não assumidas e a realidade brutal
... para quê ficcionar?]

quinta-feira

como na vida

o sentido gregário das pessoas ganha uma dimensão muito interessante na blogosfera.
blogs assumidamente de gays e de lésbicas linkam-se e comentam-se, concedendo dialogar com simpatizantes da causa; outros, do mesmo universo mas nada militantes, não linkam os primeiros, embora o inverso aconteça; blogs de jornalistas e comentadores (a grande instituição da sociedade do espectáculo) linkam-se e comentam-se, mutuamente; linkam-se blogs de amigos e amigas e recebe-se uma atençãozinha. é um universo quase circular com conjuntos que se intersectam. o ser humano é mesmo um animal gregário.

[eu só sou exibicionista, não tenho amigos/amigas bloguistas e tenho imenso tempo livre]

podia ser pior...


"um terço das mulheres tem dificuldade em atingir o orgasmo"

[aprende-se na escola:
a televisão mostra, mas a imprensa explica]

quarta-feira

última hora!!!

"um estudo exaustivo revela TUDO sobre a sexualidade das mulheres portuguesas."
- Jornal da Noite, sic, na SIC.

[finalmente!]

5 manias

graçinha requisitou conhecer cinco manias minhas...
tarefa ingrata, pois se elas são tantas - como escolher só cinco?!

pensar nos outros, antes de pensar em mim
meditar, prós e contras, antes de tomar decisões
dizer sempre o que penso
emocionar-me por "dá cá aquela palha"
pensar que anda posso surpreender(-me)

(sniff!! estarão as respostas à altura do desafio?)

terça-feira

um homem in continente


quem é o homem mais rico de Portugal?
quem é? quem é?
e o mais esperto?
quem é?
quem é?

... e, então, Belmiro Mendes de Azevedo foi às compras.

segunda-feira

malandragens

"só peço a Deus um pouco de malandragem,
pois sou criança e não conheço a verdade,
eu sou poeta e não aprendi a amar,
eu sou poeta e não aprendi a amar
- quem sabe, eu 'inda sou uma garotinha..."

ironias de cássia eller (espreitar-ouvir aqui).

1. objecto de culto



... o samovar.
nunca lhe toquei, mas sei reconhece-lo,graças a Gorki e Dostoievski.

[vai um chá?]

uma mãe aprende que...

os filhos estão sempre* à frente,
não adianta contrariar a realidade
- quando factos já são factos .
o melhor é passar à fase seguinte:
desconstruir o problema,
evitar a ansiedade

*a dimensão do sempre é difícil de determinar

[ilustração de William-Adolphe Bouguereau, aqui]

domingo

em Roma, sê romano


com mais dúvidas sobre as virtudes da religião que certezas sobre a inevitabilidade de Deus, vivo entre um ateísmo estrutural e um agnosticismo intermitente. não entendo, por isso, que a publicação da caricatura de uma figura religiosa de outra 'geografia cultural' possa alimentar tanta polémica. não há, nisso, seguramente nada de racional.

que uma ocidental coloque um véu ou não use minisaia, quando está num país muçulmano com um protocolo do vestuário próprio, é perfeitamente compreensível. que não se faça uma caricatura de Maomé num país que lhe professa a fé, é natural. mas generalizar preceitos de uma religião ao mundo inteiro não tem qualquer sentido.
ainda assim, qualquer acto que possa ser sentido como provocação por uma comunidade, deveria ser sempre ponderado, mesmo sob liberdade de imprensa. em vez de passarmos o tempo a tentar resolver problemas, porque não evitá-los?
[na religião, nunca há bons ou maus simplisticamente identificados.]

das caricaturas...

há assuntos, já o disse, sobre os quais não tenho opinião formada,
e há polémicas que simplesmente não me interessam o suficiente.
mesmo assim, se pensar um pouco, quase nada me é indiferente.

o caso das caricaturas publicadas há uns meses na Dinamarca e replicadas noutros media, de vários países, com as manifestações de indignação posteriores pelo mundo islâmico, é dos tais assuntos sobre os quais preferia não ter que me pronunciar, no sentido em que acho que bem se podia ter evitado tanta trapalhada e confusão... mas, perante factos, o melhor mesmo é reflectir no assunto.

Friedman, Betty


(1921-2006/02/04)
American feminist writer, psychologist and social researcher. Her 1963 Feminine Mystique, which exposed the desparate position of housewives in 1950s USA who had achieved the “American Dream”, and were imprisoned in their automated suburban homes with little to do but visit the hairdresser in order to look her best when hubby came home, marked the beginning of the women's movement in the U.S.. (daqui)

Dizia ela, agora: "A mulher conquistou seu lugar na sociedade e deve, agora, unir-se aos homens contra a crise económica que afeta a ambos. O inimigo não é o homem e sim um sistema económico injusto, que explora igualmente os dois sexos e os joga um contra o outro."

sinais da idade

o segundo filme do neo-londrino W.Allen, com a sua nova musa, Ms. Scarlett Johansson está a caminho (parece que se chamará "Scoop").
visto "Match Point" - bem feitinho, gente bonita, enredo engraçado, tiques à Woody Allen mais para o fim - dão-me as saudades de Annie Hall, Manhatan ou Zelig - e este é um filme tão actual...

sexta-feira

desobediência civil

.


sobre o pedido de casamento de duas lésbicas portuguesas e o alegado conflito entre o que diz o Código Civil e a Constituição da República.
ocorre-me um caso: Rosa Parks (1913-2005), a mulher que há 50 anos recusou entregar o seu lugar no autocarro a um um cidadão 'branco'.
o episódio também foi mediático. as coisas começaram a mudar.
às vezes, tem de ser assim.

sobre o euromilhões...

"...e aqui, em são pedro de rates, os animos estão, cada vez mais,... em suspenso!". [repórter da TVI esta manhã]

bom motivo para não jogar: o que diriam depois do meu ânimo?

quinta-feira

The heart is a lonely hunter


soubesse eu pôr música nisto e agora escutava-se 'a love song for Bobby Long'.
John Travolta, comovedor;
Scarlett Johansson, magnética;
New Orleans em fundo.


[sim, estou a 'ressacar' do trabalho]

mudança de visual...



acabou-se a rosácea pintura...
umas vezes fica melhor,
outras,... fica só diferente.

quarta-feira

procura-se

...

porque não falo da condecoração...

...de Bill Gates, atribuída pelo Estado português, através de Jorge Sampaio?

por pudor... e porque o Sr. PR não tem feito outra coisa, nos últimos tempos.


já agora, Gates foi já condecorado por George Bush (pai) e pela Rainha de Inglaterra. Lá está...

[nota: fotos dos posts anteriores disponibilizadas pelo site da Microsoft]