um post no glória fácil, lamentando a ausência de homens em reportagem no parlamento e sugerindo quotas de géneros no jornalismo, reforça a oportunidade da leitura atenta de um estudo global, noticiado esta semana:
"Quem faz as notícias" - projecto de monitorização dos media,envolvendo 76 países e, em Portugal, realizado pelo Instituto de Estudos Jornalísticos da Universidade de Coimbra.Aí se revela que há, cada vez mais, mulheres jornalistas, mas há poucas mulheres nas notícias.
Partindo do princípio de que ser notícia não é linearmente positivo, o "elas" não serem notícia até podia não ser má notícia...
Mas a investigadora portuguesa responsável pelo estudo, Maria João Silveirinha, justifica: "os editores, na sua maioria homens, é que têm poder para decidir a agenda e não as mulheres"; "os homens são sobretudo chamados ao lugar de comentadores e as mulheres a dar a sua própria experiência, a vox populi" (...)"As notícias são uma janela para o mundo, mas este projecto mostra que não é bem assim. As mulheres são invisíveis neste mundo. Há cinco notícias de homens para uma de mulheres, quando mais de 50% da população mundial são mulheres".
Voltemos às quotas: jph sugere e f. contrapõe/questiona se se trata de "cotas".
Ambos têm razão: seria interessante analisar porque é que as redacções estão a perder a experiência e a memória dos "cotas" e a quem isso interessa; e poderia ser interessante ensaiar "quotas" nos media para facilitar a paridade de géneros.
Como os bons exemplos devem vir do topo, que tal começar-se pelos cargos de direcção?
Sem comentários:
Enviar um comentário