quarta-feira

osculando atitudes

coisas que desgosto... sempre, ás vezes, um poucoxinho grande!... dita-duras, do pensamento, do pré-conceito, estreito e nhurro. falácias ditas com convicção, convicções cruzadas com despautério. e declarações de princípio, como se a plateia estivesse à beira do precípicio, em risco fatal, numa queda certeira, salva apenas pelo amén. e as tristezas várias quando lhes morre a esperança, na fluidez da crença, uma tremura insana, o antes assim. o prejuizo da não-desculpa, o esquecimento d'obrigado, os seres alheios à delicadeza do trato. e os favores, favorzinhos, vá lá, dê um jeitinho. a falta de atenção na repartição, a impaciência militante, o fulgor da inabilidade, o arrojo imaturo, a flacidez das ideias, e aquele gesto tenebroso do assentir com a cabeça, qual inerte cachorro de porcelana. e os pressentimentos tão fortes que vão direitinhos ao que queremos ver acontecer, porque se a realidade não se muda, altera-se a percepção que dela temos e o mundo molda-se como adivinhamos. é tudo tão mais fácil assim! com ultimatos, berros escritos, sussurros cuscuvilheiros e armadilhas rasteiras. e com rezas, de igreja ou de partido, mudam-se os símbolos intocáveis e continuamos carneiros num rebanho. e depois, há ainda a força das matilhas, das manadas, das tribos, um disparate de declarações e confusões, bicos-de-pés e desnorte. chiça! há quem não se enxergue como a poeira num pedaço de areia, nano-nano-dimensional face ao mundo real.

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