sábado

num mundo 'perfeito' elas não existiam

não me importava nada de ter postado o que ela escreveu: parábola sobre o que nos desvia afinal, nós, as que temos a mania dos feminismos - adoração aos gajos
[só agora o li, leiam-no também... pois mas mais vale tarde ...que é sempre a tempo!]

2 comentários:

jmf disse...

O texto não passa de um conjunto de baboseiras, um amontoado de lugares-comuns, sem articulação. Nem sequer se percebe onde quer a autora chegar. Não consigo perceber, por exemplo, a falsa dicotomia entre «feminismo» e «adoração aos homens». Não estamos a falar de realidades que se possa comparar ou antagonizar. É possível uma mulher ser feminista, em qualquer sentido que se queira aplicar à palavra, e adorar homens. Não vejo a contradição (pelo contrário, este tipo de teses, levadas ao extremo, colocam as feministas como autênticas sapatonas...).
A politização das relações amorosas, a colocação em confronto das «feministas» com «alguns homens», é a melhor desculpabilização pelos falhanços próprios. Porque não há relações entre «feministas» e «alguns homens»; há, sim, relações entre mulheres concretas e homens concretos. E os homens e mulheres concretas são mais complexos do que os sociólogos de pactotilha gostariam.
Além de que este tipo de textos só são compreensíveis quando revelado o contexto - na tradição anglo-saxónica, por exemplo, esta conclusões para-sociológicas teriam de ser sustentadas em casos, vividos ou alheios. Assim, são jogos de palavras sem qualquer sentido.

lr disse...

certamente não lemos o mesmo post, como diriam os semiólogos. concordo que há homens e mulheres concretas/os e cada caso é um caso. o que a autora diz com ironia - como eu interpreto - é que o 'feminismo ideal' é o daquelas gajas que se acham muito independentes, adoram gajos, concedem que eles até ajudam em casa e por aí fora. além disso não ser uma atitude feminista, prova que o qualificativo 'ideal' é, esse sim, uma baboseira. não há nada de ideal, na vida. de resto, pode gostar-se de homens, de mulheres, e percepcionar que há uma imensa desigualdade política e social, a qual as diferenças intrínsecas dos géneros, das orientações, ou das opções, não justificam. não ter medo do feminismo e das feministas é o primeiro passo para a mudança que se impõe. e que acontecerá, nem que seja noutro século.