quinta-feira

para m.m.

uma das mudanças dos últimos meses foi deixar de ver televisão: passo quase incólume às novelas noticiosas e por aí fora.
o lado mau disto tudo é que se gasta muito mais tempo na net, de resto um meio exponencialmente mais rico. outro aspecto tem a ver com o tempo que sobra para enfabular, ler, ouvir música até à exaustão dos cds - ou para ver a lua :) ...está quase cheia, portanto, previne-te!
e há tempo para fumar, beber uns copos, ver um filme, vaguear. pensa-se um bocadinho exageradamente na vida, com conversas soltas em que tu me atiras "palavras golpeantes de mimos", rasgas-me as certezas e nada substitui um certo colinho, não um qualquer - e sou crescidota...
enfim, eu faço de aprendiz e tu és maestrina, mas é como a história do copo-meio-copo, não é?
e, em vez de doer, só te posso estar grata pela loucura que espalhas à tua volta, qual teenager ao quadrado [como vai essa paixão?!... como gaja que se preza, acho que 'tou com um bocadinho de inveja dos teus calafrios]. achas que se continuar a olhar para a frente, descubro no lago alguma coisa?
abracinho.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sobre o lago... ontem sonhei que o Soares dos Santos ia casar uma filha. A festa era num barracão com mesas rasteiras e os assentos, bancos rasos, não chegavam para todos. Eu sentava-me confortável no chão, mas isso era uma afronta e os empregados empenhavam-se em arranjar bancos improvisados para todos, sobretudo à base de bidões. Eu voluntariei-me então para os ajudar a sacar bidão aqui, latão acolá, até que encontro - ali mesmo à frente de todos, numas prateleiras - dezenas de almofadas (que por acaso eram iguais às que na vida real tenho na minha cama - território espiritual, como diz o outro.

Começo a distribui-las e toda a gente encantantada com o achado! Tratavam-me como um génio. "Como é que conseguiste? Era mesmo isso que precisavamos!"

Eu estava pasma com tanta ilegítima veneração e tentava desmistificar a coisa: "Estavam mesmo aqui... por acaso fui eu a ver, mas podia ter sido qualquer um de vós".

Talvez eu estivesse apenas mais descontraída, sem a cegueira de querer agradar aos convívas - até porque, mesmo sentada directamente no chão, eu já me sentia maravilhosamente bem. E quando estamos assim, sem medo de falhar/sofrer/desagradar/chocar/etc., podemos ver coisas que outros não vêem.

Não percebi porque sonhei isto, mas assim que vi a tua pergunta do lago, percebi logo! Sonhei, não para mim, mas para ti.

Ps: Sobre a lua e o resto, envio mail :)

lr disse...

:)...só mesmo tu.