os tolos não conhecem limites. mas alguns exageram...
por mim, 'bora lá a fazer boicote às marcas do grupo sumolis o qual - para a cerveja que patrocina a piroseira das semanas académicas com cheiro a mofo - agora inventou esta campanha (os neo-nazis não fariam melhor!)
adenda em 4/12/007 - a Tagus retirou estes cartazes e substituiu-os por outros com uma lengalenga sobre a 'verdade'. pareceu-me um 'tiro no pé', um mal 'emendar de mão'. marcas e publicitários têm ainda muito de trabalho de autocrítica e sensibilidade a fazer...
AS MULHERES TÊM TODAS UM PONTO DO CORPO, UM RECANTO DA CIDADE, UMA HORA DO DIA, QUE SÃO NELAS COMO QUE UMA PORTA SECRETA, PELA QUAL PODEM SAIR DE SI PRÓPRIAS, DA SUA TIMIDEZ, E PENETRAR EM TODA A ESPÉCIE DE LOUCURAS, GRAVES OU VENIAIS.[Erik Orsenna]
sexta-feira
terça-feira
esgananço
ok, a palavra pode até nem existir, inventei-a agora mesmo, para traduzir aquela sensação que se entranha - mas não se estranha - e faz sempre pensar "quando senti/vivi isto antes?"
pergunta retórica, porque não há resposta que não dê um tratado!
se fosse um teste americano - a mania que eles têm de simplificar tudo em três (ou quatro) hipóteses! - a vida era feita apenas com as cores básicas. mas não é. e é isso que dá tanto trabalho.
é o que 'justifica' dias particularmente atarantados, em que o tempo foge, não apetece fazer nada nem deixar por fazer, no sítio do coração há um aperto discreto, o corpo dói sob um peso intangível, a gente ri dos disparates mais fortuitos, e a tristeza sossobra nos intervalos.
fazer o quê?
pergunta retórica, porque não há resposta que não dê um tratado!
se fosse um teste americano - a mania que eles têm de simplificar tudo em três (ou quatro) hipóteses! - a vida era feita apenas com as cores básicas. mas não é. e é isso que dá tanto trabalho.
é o que 'justifica' dias particularmente atarantados, em que o tempo foge, não apetece fazer nada nem deixar por fazer, no sítio do coração há um aperto discreto, o corpo dói sob um peso intangível, a gente ri dos disparates mais fortuitos, e a tristeza sossobra nos intervalos.
fazer o quê?
segunda-feira
¡Go, girl, go!
é tudo quanto apetece dizer depois desta reportagem sobre as primárias entre os democratas dos e.u.a - para as presidenciais de 2008, que 'vão marcar o tom do resto do século' onde há uma 'candidata incombustível' :"Yo intento combinar el liderazgo con la gestión".
quarta-feira
veneno
fazer o quê?
é o frio gélido.
o deserto sem oásis, o lago parado, o muro invisível.
é tudo o resto. o que podia ter sido e não foi.
é o fim do caminho. o abismo. o non-sense.
é a coragem tépida no dia-a-dia.
é tudo o que foi e não devia ter sido.
é a epígrafe injusta, o vento cortante. o vazio.
partidas e regressos, demasiados.
a imobilidade, o beijo ausente, o desejo camuflado.
fazer o quê?
é o frio gélido.
o deserto sem oásis, o lago parado, o muro invisível.
é tudo o resto. o que podia ter sido e não foi.
é o fim do caminho. o abismo. o non-sense.
é a coragem tépida no dia-a-dia.
é tudo o que foi e não devia ter sido.
é a epígrafe injusta, o vento cortante. o vazio.
partidas e regressos, demasiados.
a imobilidade, o beijo ausente, o desejo camuflado.
fazer o quê?
nota musical (1)
dizem que é uma espécie de tom waits com paolo conte, ou vice-versa. desconheço com quem se assemelha [vinicio capossela], mas estará na culturgest em concerto, sábado à noite. talvez seja a banda sonora adequada ao momento...
nota musical (2)
...estiveram alguns dias aqui, como 'som da alma'. the cliks são capa da última herizons - uma revista canadiana 'de culto'. a androginia como condição, tendência, opção ou, pelo menos, já não um completo tabu, na entrevista a lucas silveira (ex-lillia silveira), líder da banda que, ao cabo de três anos, lançou snakehouse numa grande editora. versão acústica de cry me a river:
sábado
"gracias a la vida, que me ha dado tanto"
por esta época lembro-me sempre dos mortos recentes. daqueles que me eram mais ou menos conhecidos. dos amigos que desapareceram. das circunstâncias - um cancro, um acidente de avião, um suicídio, uma morte duplamente inexplicável, chocante, enfim...
este sentimento chega com o tempo frio. é época dos funerais. há pessoas que revejo já só nessas tristes circunstâncias. evito as despedidas.
e agora mais um. alguém que só conhecia de vista, com bom aspecto, camarada de ofício, e um ataque cardíaco em pleno trabalho. são mortes que ninguém espera, ímpossíveis de prever, que jamais se compreendem. fica a memória, ainda mais nítida. e a sensação de que viver é um instante que nos sustenta até que subitamente algo nos tira o tapete [é preciso viver intensamente, para não perdermos pitada do escasso que somos. a vida é sempre um privilégio]
este sentimento chega com o tempo frio. é época dos funerais. há pessoas que revejo já só nessas tristes circunstâncias. evito as despedidas.
e agora mais um. alguém que só conhecia de vista, com bom aspecto, camarada de ofício, e um ataque cardíaco em pleno trabalho. são mortes que ninguém espera, ímpossíveis de prever, que jamais se compreendem. fica a memória, ainda mais nítida. e a sensação de que viver é um instante que nos sustenta até que subitamente algo nos tira o tapete [é preciso viver intensamente, para não perdermos pitada do escasso que somos. a vida é sempre um privilégio]
situação por pontos
fui ultrapassada no meu grau de intelectualidade.
estrei-me com um bloqueio do automóvel - a infração era tão ridicula que deu para uma conversa-'carta' de amor com os srs. agentes. a lei é cega e a autoridade faz questão de não querer mesmo ver.
a conta ficou a zeros na primeira semana do mês. é no que dá não usar cartão de crédito!
paguei um hotel que não escolhi. fiz uma viagem desajeitada - 'tou a ser comedida...
regressei para outro contra-relógio e enfolei-me com orgulho e comoção
não me alimento decentemente há 48, 72 horas? é para isso que mantenho as 'reservas'.
espero continuar a divertir-me com gente verdadeira.
não consigo regresar ao yoga, e só eu sei a falta que me faz.
finalmente, duas coisas são cada vez mais prementes:
mudar a ocupação, mudar as emoções.
estrei-me com um bloqueio do automóvel - a infração era tão ridicula que deu para uma conversa-'carta' de amor com os srs. agentes. a lei é cega e a autoridade faz questão de não querer mesmo ver.
a conta ficou a zeros na primeira semana do mês. é no que dá não usar cartão de crédito!
paguei um hotel que não escolhi. fiz uma viagem desajeitada - 'tou a ser comedida...
regressei para outro contra-relógio e enfolei-me com orgulho e comoção
não me alimento decentemente há 48, 72 horas? é para isso que mantenho as 'reservas'.
espero continuar a divertir-me com gente verdadeira.
não consigo regresar ao yoga, e só eu sei a falta que me faz.
finalmente, duas coisas são cada vez mais prementes:
mudar a ocupação, mudar as emoções.
sexta-feira
carta à minha mana, sob choro comovido
ok, superaste as expectativas.parabéns! admito agora que valeu a pena anos de esforço solitário.
estavas linda, tranquila e poderosa. capaz no saber.
rigor e transparência, disseram - o mesmo rigor, que tanto aprecio.
'não só diz o que faz, como faz o que diz' disse o júri sobre o teu trabalho.
e tu defendeste-o sem sobranceria mas com segurança. a voz não te tremeu, e nenhuma tautologia te perturbou. gostei mesmo.
somos tão diferentes no feitio, não é?, e tão semelhantes na postura.
e para mim, que nunca percebi um percurso tão árido, pareceu-me por vezes olhar ao espelho.prazeres diversos dos meus e outras experiências de vida.
e eu que nem sabia que eras bilingue, quanto mais trilingue!
três escolas, sete jurados e o veredicto célere: distinção e louvor.impossível melhor, mana!por isso te peço desculpa por toda a minha imensa falta de atenção - superada pela emoção?!
e porque, de vez em quando, viver em mundos distintos causa demasiado alheamento. mas a vida é assim mesmo. és um exemplo de coragem, sacrifício e de obstinação.
amo-te do fundo do coração. acredito que este dia foi só uma viragem segura na tua vida.
a mim serviu como estímulo à compreensão mútua. até porque todos os trilhos que seguimos são sempre rotas individuais. se fui em tempos um modelo para ti, hoje,tu és o meu orgulho sincero. obrigada! sê feliz.
estavas linda, tranquila e poderosa. capaz no saber.
rigor e transparência, disseram - o mesmo rigor, que tanto aprecio.
'não só diz o que faz, como faz o que diz' disse o júri sobre o teu trabalho.
e tu defendeste-o sem sobranceria mas com segurança. a voz não te tremeu, e nenhuma tautologia te perturbou. gostei mesmo.
somos tão diferentes no feitio, não é?, e tão semelhantes na postura.
e para mim, que nunca percebi um percurso tão árido, pareceu-me por vezes olhar ao espelho.prazeres diversos dos meus e outras experiências de vida.
e eu que nem sabia que eras bilingue, quanto mais trilingue!
três escolas, sete jurados e o veredicto célere: distinção e louvor.impossível melhor, mana!por isso te peço desculpa por toda a minha imensa falta de atenção - superada pela emoção?!
e porque, de vez em quando, viver em mundos distintos causa demasiado alheamento. mas a vida é assim mesmo. és um exemplo de coragem, sacrifício e de obstinação.
amo-te do fundo do coração. acredito que este dia foi só uma viragem segura na tua vida.
a mim serviu como estímulo à compreensão mútua. até porque todos os trilhos que seguimos são sempre rotas individuais. se fui em tempos um modelo para ti, hoje,tu és o meu orgulho sincero. obrigada! sê feliz.
naturezas
menos de 24 h numa cidade que dista milhares de kms, para onde se é atirada a trabalho em contra-relógio. só mesmo comigo é que o tempo dá para fazer mais que o óbvio. e lá fui, assim mesmo, num esticão a pé, minutos contados, chuva míuda, outono tipicamente parisiense (vale-me ser 'presse') ver a exposição maior de gustave courbet, o desesperado.
o fascínio pelo homem - egocêntrico, apegado às raízes, transgressor, amante da caça (!), retratista de rostos e da natureza (e das mulheres-tal-como-elas-são), vanguardista e, por fim, um desilulido da comuna - aumenta perante o esplendor e a variedade dos esboços e da obra pictórica. há milhares de olhos em contínuo, das dez às dez, num desfilar curioso para tanto retrato solene, sombrio ou nem tanto... não há exaltação naquelas texturas e desenhos: só um tremendo realismo, de fazer inveja aos neo e aos hiperrealistas. e o realismo, já se sabe, é a crueza pura. no fim da vida, a desilusão já só levava courbet a pintar 'naturezas-mortas' . haverá nos escribas o mesmo bom-senso?
quinta-feira
resposta a desafio
nem sei como saí na rifa, já que o wly nem consta dos passseios ou das passeatas d' almagémea. mas um desafio é sempre um desafio e, feito o trabalho de casa (as poses não serão as melhores, mas façam o favor de pesquisar...), aqui vão alguns 'monumentos': não uma, não 5, nem 10! mas uma dúzia de senhoras que... respeito muito ;)
terça-feira
sexy mas púdica
jessica alba (?)é a mulher mais sexy do mundo. vem no jn. argumentos científicos! para acabar com as dúvidas, ok?
segunda-feira
dúvida eterna
às pessoas que já morreram,... que lhes fazemos aos números de telefone quando estamos a arrumar a agenda?
se nem sei o que fazer às que já apagámos ("morreram" para nós), como saber que fazer às que desapareceram realmente do mundo?
será que preciso manter o nº do telemóvel delas, não seja preciso contactá-las num sonho, num pesadelo, numa fantasia, num outro mundo?
[será melhor desafazer-me dos telemóveis?]
se nem sei o que fazer às que já apagámos ("morreram" para nós), como saber que fazer às que desapareceram realmente do mundo?
será que preciso manter o nº do telemóvel delas, não seja preciso contactá-las num sonho, num pesadelo, numa fantasia, num outro mundo?
[será melhor desafazer-me dos telemóveis?]
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