sexta-feira

sem comentários

os tolos não conhecem limites. mas alguns exageram...

por mim, 'bora lá a fazer boicote às marcas do grupo sumolis o qual - para a cerveja que patrocina a piroseira das semanas académicas com cheiro a mofo - agora inventou esta campanha (os neo-nazis não fariam melhor!)

adenda em 4/12/007 - a Tagus retirou estes cartazes e substituiu-os por outros com uma lengalenga sobre a 'verdade'. pareceu-me um 'tiro no pé', um mal 'emendar de mão'. marcas e publicitários têm ainda muito de trabalho de autocrítica e sensibilidade a fazer...

terça-feira

esgananço

ok, a palavra pode até nem existir, inventei-a agora mesmo, para traduzir aquela sensação que se entranha - mas não se estranha - e faz sempre pensar "quando senti/vivi isto antes?"
pergunta retórica, porque não há resposta que não dê um tratado!
se fosse um teste americano - a mania que eles têm de simplificar tudo em três (ou quatro) hipóteses! - a vida era feita apenas com as cores básicas. mas não é. e é isso que dá tanto trabalho.

é o que 'justifica' dias particularmente atarantados, em que o tempo foge, não apetece fazer nada nem deixar por fazer, no sítio do coração há um aperto discreto, o corpo dói sob um peso intangível, a gente ri dos disparates mais fortuitos, e a tristeza sossobra nos intervalos.
fazer o quê?

segunda-feira

¡Go, girl, go!


é tudo quanto apetece dizer depois desta reportagem sobre as primárias entre os democratas dos e.u.a - para as presidenciais de 2008, que 'vão marcar o tom do resto do século' onde há uma 'candidata incombustível' :"Yo intento combinar el liderazgo con la gestión".

quarta-feira

veneno

fazer o quê?
é o frio gélido.
o deserto sem oásis, o lago parado, o muro invisível.
é tudo o resto. o que podia ter sido e não foi.
é o fim do caminho. o abismo. o non-sense.
é a coragem tépida no dia-a-dia.
é tudo o que foi e não devia ter sido.
é a epígrafe injusta, o vento cortante. o vazio.
partidas e regressos, demasiados.
a imobilidade, o beijo ausente, o desejo camuflado.
fazer o quê?

nota musical (1)

dizem que é uma espécie de tom waits com paolo conte, ou vice-versa. desconheço com quem se assemelha [vinicio capossela], mas estará na culturgest em concerto, sábado à noite. talvez seja a banda sonora adequada ao momento...

nota musical (2)

...estiveram alguns dias aqui, como 'som da alma'. the cliks são capa da última herizons - uma revista canadiana 'de culto'. a androginia como condição, tendência, opção ou, pelo menos, já não um completo tabu, na entrevista a lucas silveira (ex-lillia silveira), líder da banda que, ao cabo de três anos, lançou snakehouse numa grande editora. versão acústica de cry me a river:


sábado

"gracias a la vida, que me ha dado tanto"

por esta época lembro-me sempre dos mortos recentes. daqueles que me eram mais ou menos conhecidos. dos amigos que desapareceram. das circunstâncias - um cancro, um acidente de avião, um suicídio, uma morte duplamente inexplicável, chocante, enfim...
este sentimento chega com o tempo frio. é época dos funerais. há pessoas que revejo já só nessas tristes circunstâncias. evito as despedidas.
e agora mais um. alguém que só conhecia de vista, com bom aspecto, camarada de ofício, e um ataque cardíaco em pleno trabalho. são mortes que ninguém espera, ímpossíveis de prever, que jamais se compreendem. fica a memória, ainda mais nítida. e a sensação de que viver é um instante que nos sustenta até que subitamente algo nos tira o tapete [é preciso viver intensamente, para não perdermos pitada do escasso que somos. a vida é sempre um privilégio]

hesito

começo a fazer um ponto da situação?
ou
faço já a lista de presentes desejados para o natal?

situação por pontos

fui ultrapassada no meu grau de intelectualidade.

estrei-me com um bloqueio do automóvel - a infração era tão ridicula que deu para uma conversa-'carta' de amor com os srs. agentes. a lei é cega e a autoridade faz questão de não querer mesmo ver.

a conta ficou a zeros na primeira semana do mês. é no que dá não usar cartão de crédito!

paguei um hotel que não escolhi. fiz uma viagem desajeitada - 'tou a ser comedida...

regressei para outro contra-relógio e enfolei-me com orgulho e comoção

não me alimento decentemente há 48, 72 horas? é para isso que mantenho as 'reservas'.

espero continuar a divertir-me com gente verdadeira.

não consigo regresar ao yoga, e só eu sei a falta que me faz.

finalmente, duas coisas são cada vez mais prementes:

mudar a ocupação, mudar as emoções.

sexta-feira

carta à minha mana, sob choro comovido

ok, superaste as expectativas.parabéns! admito agora que valeu a pena anos de esforço solitário.
estavas linda, tranquila e poderosa. capaz no saber.
rigor e transparência, disseram - o mesmo rigor, que tanto aprecio.
'não só diz o que faz, como faz o que diz' disse o júri sobre o teu trabalho.
e tu defendeste-o sem sobranceria mas com segurança. a voz não te tremeu, e nenhuma tautologia te perturbou. gostei mesmo.
somos tão diferentes no feitio, não é?, e tão semelhantes na postura.
e para mim, que nunca percebi um percurso tão árido, pareceu-me por vezes olhar ao espelho.prazeres diversos dos meus e outras experiências de vida.
e eu que nem sabia que eras bilingue, quanto mais trilingue!
três escolas, sete jurados e o veredicto célere: distinção e louvor.impossível melhor, mana!por isso te peço desculpa por toda a minha imensa falta de atenção - superada pela emoção?!
e porque, de vez em quando, viver em mundos distintos causa demasiado alheamento. mas a vida é assim mesmo. és um exemplo de coragem, sacrifício e de obstinação.
amo-te do fundo do coração. acredito que este dia foi só uma viragem segura na tua vida.

a mim serviu como estímulo à compreensão mútua. até porque todos os trilhos que seguimos são sempre rotas individuais. se fui em tempos um modelo para ti, hoje,tu és o meu orgulho sincero. obrigada! sê feliz.

naturezas

menos de 24 h numa cidade que dista milhares de kms, para onde se é atirada a trabalho em contra-relógio. só mesmo comigo é que o tempo dá para fazer mais que o óbvio. e lá fui, assim mesmo, num esticão a pé, minutos contados, chuva míuda, outono tipicamente parisiense (vale-me ser 'presse') ver a exposição maior de gustave courbet, o desesperado.
o fascínio pelo homem - egocêntrico, apegado às raízes, transgressor, amante da caça (!), retratista de rostos e da natureza (e das mulheres-tal-como-elas-são), vanguardista e, por fim, um desilulido da comuna - aumenta perante o esplendor e a variedade dos esboços e da obra pictórica. há milhares de olhos em contínuo, das dez às dez, num desfilar curioso para tanto retrato solene, sombrio ou nem tanto... não há exaltação naquelas texturas e desenhos: só um tremendo realismo, de fazer inveja aos neo e aos hiperrealistas. e o realismo, já se sabe, é a crueza pura. no fim da vida, a desilusão já só levava courbet a pintar 'naturezas-mortas' . haverá nos escribas o mesmo bom-senso?



quinta-feira

resposta a desafio

nem sei como saí na rifa, já que o wly nem consta dos passseios ou das passeatas d' almagémea. mas um desafio é sempre um desafio e, feito o trabalho de casa (as poses não serão as melhores, mas façam o favor de pesquisar...), aqui vão alguns 'monumentos': não uma, não 5, nem 10! mas uma dúzia de senhoras que... respeito muito ;)



'tá bem assim?
[nem vale a pena replicar a tortura da escolha, pois não?]

terça-feira

sexy mas púdica

jessica alba (?)é a mulher mais sexy do mundo. vem no jn. argumentos científicos! para acabar com as dúvidas, ok?

segunda-feira

dúvida eterna

às pessoas que já morreram,... que lhes fazemos aos números de telefone quando estamos a arrumar a agenda?
se nem sei o que fazer às que já apagámos ("morreram" para nós), como saber que fazer às que desapareceram realmente do mundo?
será que preciso manter o nº do telemóvel delas, não seja preciso contactá-las num sonho, num pesadelo, numa fantasia, num outro mundo?

[será melhor desafazer-me dos telemóveis?]