Eles bebem, elas desatam a comprar.
São clichés, para quando algo corre menos bem... ou a tensão é muita, ou a pressão enerva.
No meu caso, o vício são os livros.
As leituras começam nas livrarias... de vez em quando, tenho de entrar numa, farejar ao acaso, ir direita a um título, medir-lhe a lombada, espreitar-lhe as badanas, e, às tantas, já não há nada a fazer: compra compulsiva. Ou porque o título me intriga, ou porque a história promete, ou porque a simples ideia do livro, como uma companhia muda que me leva pelos seus próprios caminhos e me desvia dos meus (pensamentos), apazigua-me.
Foi assim que encontrei "A mulher que viveu por um sonho" - biografia romanceada de Olympe de Gouges, que viria a assinar uma Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã (1791) - quando procurava o romance em "Duas iguais" de Cyntia Moscovich.
Haja tempo para elas.
5 comentários:
Amiga, como te compreendo :)
E tens tempo para ler tudo o que compras ?
Tento, tento - mas falta-me tanto! Já me disseram que os meus dias têm 48 horas. Se calhar é isso!
[às vezes leio de 'empreitada'; andar de transportes públicos ajuda; um antigo colega nosso costumava dizer que eu era como 'scanner'].
querida amiga, que bom saber que há pessoas assim: que precisam dos livros para viverem. Não há maior prazer que comprar e oferecer livros!!! Não podia concordar mais contigo... Levei a vida toda a ouvir que o livro é o melhor que podemos receber! Hoje devia-me refugiar em algum...
Aí está uma retail theraphy que partilho: comprar livros!
Fi-lo esta semana e vim para casa contente que nem um rato, se bem que as minhas compras tenham sido quase todas numa área específica.
Um livro é um investimento. Se não tiver tempo de o ler logo (sim, que os olhos são sempre maiores que a barriga), noutra altura ele fará sentido. Quando um livro nos vem parar às mãos alguma razão haverá, mesmo que só depois a compreendamos. Eu acredito nisso.
Bjs
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