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lembrei-me disto porque o mundo, apesar de ninguém acreditar nisso, é mesmo quase perfeito. haja mãe(s)!
a vida dá, tira e devolve, e a única coisa que custa é entender os meandros desses ciclos. [isto é filosofia barata, eu sei. mas também posso desenjoar das coisas sérias que me ocupam horas e horas do dias que correm, ou onde eu corro - que é mais próximo da verdade.]
será que temos uma 'missão' colectiva? há quem acredite nisso. metade do mundo acreditava nisso até 1989. e uma estratégia pessoal? a outra metade sublinhava quão imprescindível isso era. e há os que acreditam nos pequenos passos, nos momentos, no instante que passa, tudo passa, na qualidade de vida que favorecemos, na solidariedade, na 'maternidade'...
falo por mim: não tenho uma estratégia pessoal, falta-me a ambição que sempre faz a diferença nas relações de poder. andamos cá para quê? para ir vivendo, e desenrascando, e pagando impostos, um cineminha hoje, uma jantarada amanhã, férias à maneira, um cartão de crédito a desejar plafond eterno, andamos para procriar, chatear o chefe, sacar o fim do mês, estoirar demais nos saldos, resmungar com tudo o que nos desagrada sem saber bem quanto somos responsáveis, apanhar banhos de multidão ou de sol, conforme os gostos?
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cruzamo-nos com muita gente na vida e umas pessoas são-nos indiferentes, outras fazem-nos bem, outras fazem-nos menos bem. e nós, como queremos ficar, ténues ou vincadas, nas memórias de todas?
quando nos olhamos - e pode bem ser a um espelho de água - vemos o quê?
eu gosto de ver liberdade e fraternidade, porque a igualdade não depende de mim. e gosto de ver gente que olha com a mesma luz e ama com a mesma intensidade. só isso.
[talvez como Lanza del Vasto, Mahatma Gandhi, Teresa de Calcutá, Abbé Pierre, Nelson Mandela e mais uns quantos anónimos...]
*que diz "talvez nunca sejamos naturalmente belos, mas o amor dos outros torna-nos belos".
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