segunda-feira

famílias e cactos

só dá amor, quem tem amor para dar. a gente só dá o que quer, dentro do que pode. para mim, tornou-se numa evidência incontestável - como a lua que marca a noite. e quanto mais generosos somos, mais temos para dar.
a família deveria ser um mundo de afectividade e solidariedades. muitas vezes é ‘o que se vê!' . gosto que os afectos sejam a minha família, e nesse mundo meto todos que me são mais queridos/as. todos tão diferentes e todos tão iguais quando olho com o coração. podemos ter uma família enorme recheada de solidão; podemos ter uma família pequena, a transbordar de carinho; e podemos ter várias famílias, uma espécie de rede tecida ao sabor dos tempos e dos afectos, e daquele-não-sei-quê espiritual 'sagrado' que nos faz ser – independentemente de como pensamos, do que fazemos na vida, ou da aparência física.
um dia o mundo vai estar preenchido com estas “famílias” - são como cactos: resistem à adversidade, com pouca água armazenam muita, aguentam-se e saciam a sede dos outros.

fossemos todos assim e provavelmente havia muito mais gente feliz .

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