é uma nova paixão.
paixão, não: isso era há seis meses quando a conheci. superficialmente, como são todos os primeiros encontros.
agora, acho que já podemos falar em amor.
quando estou com ela contemplo-a e deixo-me envolver.
ela seduz-me e acho que me compreende.
a distância doi-me. a memória dos bons momentos preenche-me.
ela é realmente especial: eclética, arejada, vagamente sombria, luminosa conforme os dias.
é rasgada ao futuro, enquanto lambe as feridas do passado.
é digna, rigorosa.
cultiva a história e respeita os mortos.e os vivos respeitam-na.
provavelmente como todos os amores, também este, um dia acaba.
mas, de momento, estamos em estado de enamoramento constante.
4 comentários:
Como tudo o amor também acaba um dia, mas antes amar um dia que nunca amar a vida inteira.. :) Beijinho, grande..
Infeliz aquele que nunca amou na vida.... :)
É-me impossivel pensar num fim. Acho estranho. Recuso-me a fazê-lo...
Não será normal?
não é o pensar que acaba que cativa... é viver como se fosse sempre novo...
e agora o belo do cliché:
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
vinicius de Moraes
certo?
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