acuse-se de tudo a organização menos que não foi abrangente.
marta rebelo, pois bem, também lá esteve. a comentar "feminismos e poder político". a jovem deputada é uma espécie de coqueluche da nova esquerda socialista, seja lá isso o que for. entrava ela na gulkbenkian e fez os executivos da casa torcerem o pescoço na miragem de barbie - não invento, vi.
o painel foi muito estimulante, com testemunhos e pontos de vista variados que até incluiam o vanguardismo do partido os verdes na guarda das crianças durante as reuniões políticas (?!)
agora a sério: apreciei particularmente paula teixeira da cruz - e não, não concordo com ela em tudo. retenho a ideia de que realmente educar de forma diferenciada filhos e filhas é perpectuar a situação das mulheres. foi isso que fez a desigualdade, é isso que a alimenta.
muito aplaudida, helena roseta falou da importância da gestão do tempo e disse que as mulheres no poder têm um relacionamento diferente com os cidadãos - mas não explicou como é que ela própia trata disso...
quem defende as quotas esgrimiu os seus argumentos, quem é contra também e não sei se tese de sónia fertuzinhos convence alguém: que se boicotem os partidos que não respeitarem a paridade nas eleições do próximo ano. conhecendo a nossa lei e os seus 33% (que nem sequer são impostos ao executivo, "lá é que doí", como disse alguém) não sei onde está a paridade. adiante...
5 comentários:
Assisti a este debate, com particular atenção. Paula Teixeira da Cruz representa tudo aquilo que a maioria das feministas criticam e saí de lá doente com as coisas que ela proferiu. Começa por dizer que é uma meritocrata (neste país é quase impossível alguem subir por mérito porque os incompetentes que estão no topo e que "medem o teu mérito" nunca promovem alguém melhor que eles pois sentem-se ameaçados). É bom dar-lhe voz, de qualquer forma, só podemos reconhecer o que é bom se virmos o que é mau. E sim, Fertuzinhos coberta de razão quando disse que os partidos deviam ser os primeiros a dar o exemplo enquanto motores de desenvolvimento da sociedade e que os partidos deviam ser penalizados por não promovere a paridade (essa penalização feita apenas de forma monetária, de nada serve, os partidos com mais dinheiro continuarão a não se importar de pagar para manter tudo na mesma). Estou louca para bikinar sobre isto. Que o feminismo me dê energias e inspiração! Beijitos
...torço por isso. Não posso concordar mais com as tuas ideias sobre o mérito e, portanto, estar ao arrepio das de PTC... Basta olhar com olhos de ver, não é? Pelo percurso e postura normalmente aprecio o que Sónia F. defende mas foi de uma ingenuidade excessiva a proposta dela! Insisto: 33% nos nomes das listas e ausência total de "paridade" no Executivo, cuja composição pode ser 100% misógina?! Prefiro não fingir de conta que se dão passos, porque caminhar mesmo, não se faz num faz-de-conta...
Mas também é natural que tenhámos, x-pressiongirl, visto o debate de ângulos diferentes:suspeito que estávamos em lados opostos da sala :-)
Lr, Fertuzinhos não propôs ausência de paridade no executivo, ela limitou-se a constatar a paridade não existe no executivo (e pelas palavras dela deduzo que também ela desejaria isso). E sim, eu estava precisamente no outro lado da sala. ;-)
alta confusão! troca de comments é no que dá:-(
não disse que SF propôs ou sequer apoia o grau zero de paridade no Executivo; digo que algumas coisas que ela afirmou são de uma ingenuidade patética. cito: "quotas sim, como provocação aos partidos" - eu acho que as quotas nem cócegas fazem...
"proponho um movimento social com a missão de exigir o cumprimento da lei da paridade em critério de igualdade, nas próximas eleições" -boicote aos partidos que não são pró-activos na igualdade já eu faço como eleitora; boicotar partidos que não respeitam uma lei que entendo ser tonta e menorizante, não tem sentido ou efeito algum!
será que agora me expliquei?
c'est tout, merci:)
Explicadíssimo. Concordo absolutamente. A lei existe mas, de facto, tem poucos efeitos práticos. É preciso melhorá-la. ;-)
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