a entrevista de antónio barreto no diário económico - ou proença de carvalho no mesmo jornal - é sintomática do que há de mais triste (?) em portugal. no meio de algumas críticas justas, sobressai um chocante miserabilismo na leitura da realidade.
os oráculos da sociedade e da política alternam entre dois pontos de observação: "tudo é mau, mau, mau e exemplos não faltam"; ou o "não faltam exemplos de que tudo é mau, mau, mau".
os oráculos ganham grandes dinheiritos a comentar (não com entrevistas, é certo). as nossas cabecitas pequenas, pequeninitas, formatam-se com os pensamentos sábios deles - por isso são oráculos.
é confortável demitirmo-nos de pensar. e é tão bom termos de que nos queixar, não é?
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