sábado

até depois*





*que a poeira pouse ou a inspiração levante

P.S.:insultos ou carinhos, para a mail box, sff

sexta-feira

lembrei-me...

de passagem pelos blogs aqui ao lado,
por alguns daqueles que visito fielmente,
que deve andar aí uma maré má ...
há paixões que vão, amores que abanam,
um sem número de ondulações...
ocorreu-me então:
e se nos juntassemos para afogar o mood

'bora lá, nessa onda?

sangue frio

Tu nunca choras ao ver sangue
Tu nunca sangras quando sofres
Guardas a dor dentro do cofre

Se alguém decifra o segredo
E se pica no teu ferrão azedo
Tu lambes-lhe o sangue do dedo
Tu nunca choras ao ver sangue
Tu nunca ficas transparente
És daquela raça tão rara
Que tem no olhar o gelo quente

Se alguém te atinge o coração
Aguentas o baque
De frente
E sentes uma oscilação

Defendes-te com uma paixão competente
E encarnas tão impunemente
A pele de um animal de sangue quente
Que ama a sangue frio

(...)

[Sangue frio - Clã ao vivo]

quinta-feira

countdown

quase chega a gosto e, no entretanto, o tempo torra o que resta da paciência.
em countdown a memória alia-se à agenda e faz a lista das últimas tarefas a cumprir: nada de grandes projectos, nada de despedidas, nada de sério.

mas o que eu queria mesmo era ler uma carta de amor, das tais que nunca foram ridículas.
também podia escrever uma carta de amor, a melhor das sensações tolas.
nela se diriam coisas inibidas de pronunciar. qualquer sinal nos afugenta quando apalpamos terreno no mundo dos afectos. sem que nos apercebamos, as palavras ganham um peso descomunal. nada nos tranquiliza bastante para que as ideias que voam tenham consistência.
todo o elogio traz consigo uma torrente de dúvidas e inquietações. nada foge do pensamento. qualquer detalhe é hiperbolizado à demência. descobre-se que há um fio condutor na vida, não necessariamente o mais saudável. julga-se entender o sentido das coisas. angústia e exaltação vivem um equilíbrio inconstante. e nada nos prepara para o desamparo do que ouvimos.


"Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente ridículas."


esta é a fase do Antes - que ilustraria com detalhes, se escrevesse uma carta de amor.
amor não é uma palavra exdrúxula. sexo também não. nem sequer sentimento.
a fase do Depois vai ter de ficar para (muito) mais tarde.


dá-me forte




...a preguiça

quarta-feira

festivais de Verão



É um mundo de pó, cerveja, torreira e hiper-som, o dos festivais de música de Verão. E a Zambujeira do Mar era uma aldeia pacata e acolhedora, há uns anos.
Resolveram misturar tudo e baralhar.
Dia
4 de Agosto vão lá estar:
Goldfrapp e Nouvelle Vague - só estes (me) chegavam... como não posso,
Enjoy it!

podia ser o (meu) paraíso

terça-feira

domingo

she wants revenge (II)

"you can occupy my every sigh,
you can rent the space inside my mind
at least until the price becames too high"


red flags and long nights


[não, não concordo que a capa seja melhor que o conteúdo. (ou)viu-se.]

sexta-feira

she wants revenge

Vi a proposta aqui e logo me apeteceu escutá-los.
Amanhã estão em Santos, no Lisboa Soundz.
E a outra boa notícia do dia... é poder ser testemunha.

she's back

Gosto muito de Infinito Particular, mas também de quase todos os outros discos de/com Marisa Monte.
E a boa notícia do dia, para mim, é que
ela está de volta.
Setembro, nos Coliseus*:
5 e 6 no Porto. 8 a 11 em Lisboa.
Noites de encantar.


*[porque são os bilhetes tão caros?]

segunda-feira

pequeno manual da amizade

podia fazer-se um tratado sobre a amizade. talvez haja já alguns.
é o único espaço de verdade nas relações humanas, depois do amor maternal.
sem contar com os eremitas e os egotistas, todos precisam de ter amigos.
não precisam de ser muitos, precisam de ser disponíveis. precisam de tempo, precisam de espaço. pessoas que ligam para nós não importa a hora, a quem reconhecemos pela voz uma tristeza, em quem adivinhamos um problema; pessoas que sabemos escutar e de quem não nos cansamos. pessoas que visitamos nas horas más, pessoas que choram connosco, que riem connosco, com o mesmo impulso com que fazem tudo por nós.
pessoas a quem damos crédito de afecto, mimos a fundo perdido, carinhos sem medida.
com os amigos apetece-nos fazer viagens inesperadas, programas de divertimento, trocas de cumplicidades. oferecemos surpresas e recebemos conforto, ou oferecemos conforto e recebemos surpresas. de qualquer modo, permutamos emoções e memórias que construimos como um puzzle a quatro mãos, a quatro olhos.
um amigo é como um companheiro de equipa quando ele é confiável e seguro, carregado de loucura e bom-senso, e tudo isso faz sentido.
de um amigo espera-se tudo menos o silêncio, o ostracismo, a indiferença. mas, mesmo quando isso acontece, não se negoceiam os sentimentos. perdoa-se e espera-se que passe.

domingo

as férias

até à preguiça se entranhar vai um milésimo de segundo...

dá para pensar no descanso merecido
e não ligar à rotina das dependências

uma agenda simples:
primeiro o cálculo do tempo
depois a ementa do lazer...
mudanças que refrescam o corpo
limpeza mental para reter sítios
lista dos livros inadiáveis em poucas semanas
filmes em atraso para eventuais insónias
o portátil e a autonomia que se lhe arranjar
escova de dentes, toalha de praia, cartão de crédito e um agasalho

sábado

resiliência

"Tenho uma relutância figadal aos fins.
Recuso-me a pôr uma pedra no mal-resolvido.
Adio as decisões na esperança de que se revelem injustas.
(...)
Mas, apesar disso, detesto cair no mesmo engano duas vezes.
Isso, realmente, deixa-me de rastos."

Quando ouvi isto, fez-se um eco.
Já todos tivémos despedidas inglórias - sentimo-nos uma peça de contrafacção em forma de gente.
Mas o que eu não sabia é que há despedidas por e-mail, messenger e até sms.
É a 'p---" da tecnologia a canabalizar os sentimentos.
Dá vontade de fugir daqui.
foi uma semana em cheio!
zanguei-me com o blog (como se vê, durou pouco), zanguei-me com a vida (disso nem vale a pena falar...) e trabalhei que nem uma MULA
perspectiva mui interessante: há mais trabalho forçado à minha espera.
nos entrementes, rasguei a carta em que alguém me dava um conselho em tom de ameaça, e confessei arrependimento por ter a emoção à flor da pele.
nestas questões, de nada me valeu a resposta que dei. adiante.
(o tempo encaixa tudo no sítio. de resto, não tenho alternativa)

se o calor dilata os corpos, a mim dilata-me os neurónios.
trabalho, trabalho, trabalho. calor, calor, calor. e insónia.
agendo a semana que vem com 'forrobodó' e, outra vez, trabalho a rodos.
já que tenho que dar o corpo ao manifesto, então não páro à noite.
(ninguém vai de férias com a moral em baixo)

aproveito o intervalo para tostar a carapaça.
nunca se sabe quando aparece um tsunami que me engula.
BOM fim de semana, de preferência loongooo...


[mais vale um post fraco do que uma tristeza forte]

quinta-feira

13 de Julho ? 2006

terça-feira

blog em estado de pousio, por tempo indeterminado

segunda-feira

ontem revisitado

no balanço do dia que passou só me posso sentir ...feliz!
quem não tem nada para oferecer, percebe-se desmesuradamente festejada com as mensagens e o carinho. com @s amig@s, companheir@s de partes da minha vida, que sabem com o que contam...
é por isso que a riqueza de uma pessoa são os seus afectos.

e, eu, presto a minha homenagem àquela que me pôs aqui. nunca terei gestos suficientes para lhe agradecer a dádiva - os sofrimentos, as preocupações, os trabalhos, os mimos. a lágrima vertida quando falámos rapidamente sinaliza apenas o que ela faz por mim, há muitos anos.
e há, depois, aqueles dois, as pessoas que mais amo, por quem daria tudo, o único "trono sagrado".

"eu que me comovo por tudo e por nada...", numa noite de lua cheia, e linda como esta, tenho todas as razões para acreditar que nenhum problema é insolúvel. e cada um se resolve à vez, sem angústias antecipadas.
volto, pois, onde comecei o dia.
só mesmo a morte não tem saída. e viver tem de ser um prazer.

domingo

a mãe de A.

maior dor do que perder um filho
só a dor daquela
cujo filho deliberou
perder-se do mundo dos vivos


[ele seria hoje um pouco mais velho. só isso.]

sexta-feira

demasiado humano

- como é possível uma semana regular ter o pico de cansaço à sexta-feita?
- não sei. mas é...

- e como se termina uma sexta-feira a rir?
- de muitas formas...
por exemplo, com as ironias do destino, a trocarem as voltas a quem sempre o determinou.
mesmo para isso, nunca é tarde de mais...

obrigada

está quase a fazer quatro meses que iniciámos aquele blog. começou como uma ideia disparatada, atirada para o ar em conversa solta e muitos risos. ganhou forma depois, um jantar no primeiro mês e muitas picardias em posts avulsos - em que tantas vezes discordamos.
[jornalistas, malta estranha, muito estranha. será?]
nestes meses, cada uma teve as suas crises pessoais, profissionais... não sei se alguma escapou... o blog, para quem lê nas entrelinhas, nada omitiu.

como qualquer blog, é um espaço semi-público, semi-privado. é um espaço honesto.
e não deixa de ser comovente que começamos a perceber quando, uma ou outra, precisa de 'mimos', ou apenas de alguém que oiça, ou do espaço para escrever sem obrigação (o que pode significar não postar nada).
ali sentimo-nos vagamente livres para dizer o que pensamos. para partilhar interesses, para opinar, para o contraditório e para celebrar.
quem dera que fosse assim em todos os espaços onde consumimos os dias.

quarta-feira

a França é

(para mim) liberté, égalité, fraternité
e não há nada como o nosso imaginário...

















[... e agora toca de voltar à vidinha]

terça-feira

(in)dependências

libertamo-nos alguma vez de uma dependência de anos, sem que fiquemos cativ@s de outra dependência?

toda a gente sabe que depender... é (sobre)viver.
mas as dependências abrem e fecham ao sabor do mercado.
e se há leis pouco justas são as da oferta e da procura.

segunda-feira

brainstorming

uma amiga questionou-me com um desabafo:
"há um intrincado problema que me põe a vida do avesso: debato-me com uma crescente incompatibilidade cerebral com os neurónios do cromossoma Y; isso é o quê?"

domingo

haverá algo capaz de nos cerzir a alma?

sábado

hiato sem danos colaterais