sábado

resiliência

"Tenho uma relutância figadal aos fins.
Recuso-me a pôr uma pedra no mal-resolvido.
Adio as decisões na esperança de que se revelem injustas.
(...)
Mas, apesar disso, detesto cair no mesmo engano duas vezes.
Isso, realmente, deixa-me de rastos."

Quando ouvi isto, fez-se um eco.
Já todos tivémos despedidas inglórias - sentimo-nos uma peça de contrafacção em forma de gente.
Mas o que eu não sabia é que há despedidas por e-mail, messenger e até sms.
É a 'p---" da tecnologia a canabalizar os sentimentos.
Dá vontade de fugir daqui.

4 comentários:

Unknown disse...

Esses fins são quase sempre fruto da cobardia de partir sem olhar o outro nos olhos..
Beijinho, forma!

Unknown disse...

* Forma não, força! ;)

Eva Shanti disse...

É a pura verdade: despedidas por e-mail, messenger e sms.

Já tive um caso de um despedimento claramente ilícito por... sms. Ao que parece também há países que queriam instituir o divórcio por sms.

Mas o que é actualmente frequente é a infidelidade virtual, uma nova forma de infidelidade moral, pois a quebra do dever de fidelidade não se exige a consumação de relações sexuais, bastando a ligação emocional, substituindo ou concorrendo com a relação sentimental uxória, como acontece nos casos de "flirt" ou de namoro, que implicam normalmente a correspondência ou a cumplicidade de um terceiro e alguma maturação temporal.

Se há coisa que tive de aprender é que há coisas que mesmo mal resolvidas, estão resolvidas e ponto final. Bem podemos querer falar, esclarecer, mas quando o outro não o quer fazer temos de aceitar e seguir em frente.

Bjs

Anónimo disse...

A última grande mágoa com que tive que aprender a lidar: um adeus pelo telefone, um e-mail escrito "delete-me", um eterno eu não atendo mais você.

É muito absurdo o imperativo tecnológico: engoliu as pessoas.

;(
Seu texto me sensibilizou também.