segunda-feira

sincericidio

Maitena, a autora da série de BD "Mulheres Alteradas", editada em livros e publicada na revista Pública aos domingos, é uma daquelas personalidades fascinantes relativamente às quais conhecer o seu percurso pessoal ajuda a compreendermos melhor o seu trabalho e, neste caso, o seu humor.
Maitena explicou o essencial das "mulheres alteradas" numa entrevista ao The New York Times, em 2004:
"Para mí, una mujer alterada es aquella que libra las mismas batallas día tras día y sin descanso. Luchamos en el trabajo, con los hombres, nuestro cuerpo, los amigos, las madres… toda una serie de cosas que irremediablemente nos alteran y nos llevan a un estado en el que se pasa de la euforia a la depresión profunda en apenas 15 minutos".

Mais recentemente, numa entrevista ao El Mundo fala sobre a verdade. Por exemplo, a verdade que mais alegria lhe trouxe: "Que a vida começa aos 40!" [Maitena é da colheita de 62]
Confessa que tem tendência para querer chegar ao fundo das coisas (como quando aos 17 anos começou a trabalhar e descobriu o que se passava no seu país, a ditadura militar) e que herdou da mãe algo a que o marido chama de sincericidio:
"que é uma mescla de sinceridade e suicídio, e que às vezes se parece perigosamente com a maldade" mas não o é: "é uma incontinencia do inconsciente, o que também não é propriamente uma boa notícia", reconhece.

sincericidio: pode a sinceridade ser suicidária?

2 comentários:

elisa disse...

Bem, por vezes dizemos o sincero, as pessoas levam a mal e podemos morrer para elas...E mesmo tendo conciência de que pode acontecer, dizemo-lo na mesma.
Beijinhos

Unknown disse...

Numa sociedade perfeita não seria, naquela que vivemos é um completo sinceridio, ainda vivemos numa sociedade em que ser sincero ou sincero demais não nos leva a lado nenhum...
Beijinho, grande..