quarta-feira

Leonor C.

era nestas alturas que eu gostava de ter fé. aquela que redime das falhas e dá esperança de podermos emendar com meia dúzia de orações.

acreditar que nem tudo foi em vão, que faz algum sentido, e que assim é certamente melhor. não é!

admitir que uma entidade superior está algures a pôr e dispor do nosso destino, pobres mortais, com uma benevolência que não percebemos.

pensar que podia ser budista e suportar a dor, e consolar os outros. e sobretudo não estranhar como a morte chega de repente, insólita, cruel e injusta, nas situações menos esperadas, para provocar um choque emocional capaz de pôr em blackout toda a luz do natal.

sentir que ninguém parte realmente, simplesmente desaparece da nossa vista, e ficam as memórias, cada vez mais ténues, é certo - à distância de um telefonema que estamos proibidas de fazer.

tenho a certeza de que eras uma pessoa justa e boa, linda e doce... e que nos encontrámos tantos anos, sempre tão cedo... numa fase em que tinhas apenas uma sensaçao forte de que o mundo era injusto.
e é mesmo. e muito!

[2007 ia ser o teu grande ano,... nem sabes como!]

5 comentários:

Paulo Cintrão disse...

Se Deus é justo, quem fez o julgamento?

Anónimo disse...

Um beijinho solidário!

amores-marginais disse...

:)

Eva Shanti disse...

Querida Luísa,

Dói perder alguém em vida, mas dói ainda mais perder alguém deixa esta vida, tal como a conhecemos.

Ainda assim, venho desejar Boas Festas e um 2007 cheio de sucessos, surpresas boas e sonhos concretizados!

Bjs

Unknown disse...

A perda é sempre injusta, resta-nos agarrar aos momentos bons que nos deixaram!
Beijinho, grande!