terça-feira

Intervalo

O tempo, o das horas, dos instantes, da memória - não o do clima - é uma obsessão.
Adoro ampulhetas, clepsidras, relógios de sol.
Adoro "perder tempo".
Perco tempo com bagatelas, conversas fúteis, a olhar os outros.
Às vezes, perder tempo é "ganhar vida".
Nos tempos que correm ...quase sempre, perder tempo é ganhar vida.
Pelo menos para mim, que o meço com agendas, apontamentos, anotações, horários, prazos, rotinas.
Há, além disto, o lado bom do tempo: a maturidade, a relativização dos problemas,a selecção natural das memórias.
Bem vistas as coisas, o tempo devia ser livre.

[M. Yourcenar escreveu sobre o "Tempo, esse grande escultor".
Fernando Trias de Bes disserta sobre "O vendedor de tempo".
Ambos bons livros, a (re)ler... com tempo.]

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