AS MULHERES TÊM TODAS UM PONTO DO CORPO, UM RECANTO DA CIDADE, UMA HORA DO DIA, QUE SÃO NELAS COMO QUE UMA PORTA SECRETA, PELA QUAL PODEM SAIR DE SI PRÓPRIAS, DA SUA TIMIDEZ, E PENETRAR EM TODA A ESPÉCIE DE LOUCURAS, GRAVES OU VENIAIS.[Erik Orsenna]
sexta-feira
Onde está a violência?
O parlamento francês votou uma nova lei sobre a violência conjugal.
Eis um tema que, sempre que é aflorado, nos remete quase automaticamente para tempos de alguma barbárie civilizacional.
E,...no entanto, é vivido todos os dias, também nos centros urbanos, em famílias ricas, na classe média, como nos pobres e miseráveis.
A propósito do debate em torno da nova lei francesa, uma psiquiatra resume, em entrevista ao Nouvel Observateur, os contornos dessa violência conjugal, camuflada na vida de todos os dias - que não é só física, nem vitimiza apenas as mulheres.
"Le danger est bien de ne parler que des violences physiques quand on évoque la question des violences conjugales. Or, l'acte physique est simplement une agression qui survient dans un mode de relation basée sur le contrôle, les humiliations et la domination. C'est la partie émergée de l'iceberg. Généralement, on ne voit que cette partie visible, qui cache tout un tas d'autres violences plus subtiles, qu'il ne faut pas négliger si on souhaite faire de la prévention. J'entends par là les violences verbale, psychologique, sexuelle ou encore d'ordre financier. Ajoutons tout le registre des humiliations et des menaces, qui peuvent faire référence à des violences physiques. Ces autres violences amènent autant de peur que les actes physiques violents".
(Marie-France Hirigoyen,psychiatre,auteure de "Femmes sous emprise: Les ressorts de la violence dans le couple"(Oh! éditions, avril 2005)
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