domingo

A ministra da Educação (II)


"Maria de Lurdes Rodrigues - A ministra de quem os professores não gostam" é como chama Adelino Gomes ao perfil que traça na revista do jornal Público (é ir espreitando o link da Pública).
Vale a pena ler. O repórter é de absoluta confiança (profissional) e o tema "escalda".

Não me lembro de um ministro da Educação que tenha sido apoiado pelos professores ou a quem os sindicatos dessem o benefício da dúvida. Mas toda a gente faz coro na crítica aos níveis de educação e formação baixíssimos que são o nosso grande handicap como país; todos concordam que é preciso trabalhar mais, maior empenho dos alunos, obter mais resultados, conseguir maior eficácia das políticas.
No essencial, para a comunidade, o que MLR está a fazer só se tem revelado benéfico -aulas de substituição, imperfeitas certamente; o inglês na primária,etc.. Determinada, ela é; tem formação que a recomenda para o cargo e ao mesmo tempo a distância de um percurso que não a prende às corporações; quanto ao mais, como diz dela Adelino Gomes: Considera negativa a tendência para dividir os homens em bons e maus, honestos e desonestos. O mais importante é identificar os interesses e depois conciliá-los. O que, admite, nem sempre é fácil, exemplificando com a própria tarefa no ministério: "O que é o interesse público?". pergunta MLR (...) "Não se está na política para se ganhar popularidade, mas para se fazer determinado trabalho."(e sobre a tal cultura profissional dos professores e as expecativas de redução de horário conforme evoluem na carreira, diz:) "A vida das pessoas organiza-se em função disto. A alteração que se propõe abala muito. Mas não há outra coisa a fazer."

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