quarta-feira

estados d'alma (III)

há dias assim, em que não se consegue perceber onde começa a dor, se no corpo se na alma, se no espírito que vagueia. reconhece-se tristeza, cansaço, preocupação. é uma exaustão perpendicular ao ser.
sentem-se pequenos golpes no coração selados com pensos rápidos incolores, conversas afectivas e algum álcool à mistura.
seguem-se horas maceradas de sono e um acordar massacrado.
o dia seguinte retoma um estilo de vida 'à bombeiro":. socorro aqui, apoio ali, tarefas e encruzilhadas de agenda, numa enorme desarrumação contra-natura. e... sobreviver!


[por isso, apesar de não ser propriamente o tal dia-sim:) não posso esquecer o conselho: "primeiro, agora.agora vou..."]

3 comentários:

GRAFIS disse...

um passo de cada vez.
recentemente alguém citou alguém, ou ouvi/li em algum lado que o presente é o infinito...

lr disse...

um passo de cada vez, um dia de cada vez, um problema de cada vez, e até - como me diz alguém - uma acção, pequeno gesto, movimento que seja, de cada vez.
mas isso não impede uma sensação análoga à 'derrota', ainda que haja uma luz ao fundo do túnel. nunca sabemos se é foco de claridade ou ilusão delirante, não é?

GRAFIS disse...

é. mas são 50% de hipóteses para cada lado.