sábado

histórias incríveis

... a de isabel llinás, deputada do PP nas baleares/espanha.
casou-se aos 19 anos, e forjou uma carreira profissional até chegar a dirigir vários hotéis da costa maiorquina. tinha reconhecimento profissional e independência económica, mas isso não foi bem aceite pelo marido. insultos e impropérios passaram a ser o seu dia-a-dia, que ela silenciava seguindo em frente. os filhos, então adolescentes, pediam-lhe que se separasse. ela conta que durante oito meses dormiu no sofá porque seria ele a ter de deixar a casa, que era dela. um dia, ele foi-se. a 4 de fevereiro de 2001 o então já ex-marido chega a casa dela armado com uma faca. puxa-a para fora e desfere-lhe 15 punhaladas! foi a filha do casal, então com 12 anos, que arrastou a mãe até à casa de banho, fechando-se lá dentro enquanto um primo, alarmado com os gritos, pedia ajuda. isabel esteve dois meses nos cuidados intensivos, perdeu o baço, a vesícula... mas sobreviveu. foi depois disto que o governo das baleares a convidou para dirigir o instituto balear da mulher. a sua valentia, força e excepcional capacidade de gestão acabam de valer-lhe o prémio Yo Donna de trabalho humanitário em 2007. hoje, esta mulher digna sorri na foto que acompanha a notícia no El Mundo deste sábado.
o drama da violência doméstica é transversal nas preocupações dos partidos políticos em Espanha. bem sei que cá o problema parece ter menor dimensão... ou menos visibilidade?

2 comentários:

GRAFIS disse...

Por cá falta consciência e responsabilidade cívica e politica. Falta sensibilidade, falta uma verdadeira vocação para o serviço público. Para este assunto e para outras tantas "pedras no sapato".
Os nossos caríssimos deputados andam ocupados com outras coisas mais importantes para o país, e certamente mais populistas.
Eu ainda gostava de saber o que fazem os nossos cerca de 200 deputados(podem-me cahamr ingénua e naife, mas gostava).

cs disse...

leia o post que Rititi dedica a este assunto, tb muito interessante.
http://www.rititi.com/

Um tema super actual, pena n existirem em Portugal numeros qto mais politicas.