AS MULHERES TÊM TODAS UM PONTO DO CORPO, UM RECANTO DA CIDADE, UMA HORA DO DIA, QUE SÃO NELAS COMO QUE UMA PORTA SECRETA, PELA QUAL PODEM SAIR DE SI PRÓPRIAS, DA SUA TIMIDEZ, E PENETRAR EM TODA A ESPÉCIE DE LOUCURAS, GRAVES OU VENIAIS.[Erik Orsenna]
quarta-feira
água e desigualdade
há sítios onde se faz muito bom jornalismo, sendo o conceito de bom ou mau subjectivo.
no El País, por exemplo ou na sua revista de domingo EP[S] - aí encontro algumas das mais interessantes entrevistas, perfis, reportagens...
além disso, o El País fala-me de coisas que por cá, mesmo os jornais 'de referência', ignoram ou reportam com atraso ou sem 'alma': como vivem os transexuais, as aventuras dos expatriados, ou "O milagre da água", na revista El País, de 19/3/2006 .
O milagre da água antecipa o Dia Mundial da água que hoje passa e é uma reportagem sobre a Etiópia, "banhada pelo Nilo, onde 62% da população não tem acesso à água. Milhões de mulheres gastam cinco horas por dia para a ir buscar, ainda que seja insalubre e perigosa. A falta de infraestruturas condena à pobreza, à doença e à incultura muitas delas. (...) Parir no caminho não é o único perigo. As hienas estão por perto.(...) A distância da água agrava os problemas de desigualdade de género."
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