quarta-feira

amor e sexo (III)

três na real, três em rede. há sempre alguém que sobra.
três é uma multidão. tenho pavor do que as multidões são capazes. evito as tríades com a fobia de não conseguir suster a lava.
às vezes, é o abismo que se chega até nós. não há refúgio possível quando alguém se entala numa trindade. recomenda-se instintivamente maquinar a saída. outras vezes, dá-se a escolher. quase sempre, há um que perde.

uma coisa é certa: três é o risco de fazer pender a alma para o esgoto e a genitália para o consultório médico. e o coração, esse, já terá tido melhores dias.
mesmo ao vértice do triângulo, não adianta embandeirar em arco. tem o papel do falso monarca, e condenação a prazo pela mais sincera das traições.

tríades, triângulos, trindades - um pau de três bicos!
vejam-se os sinais de trânsito: os triângulos sinalizam os acidentes e sublinham as prioridades. será por acaso?
ok! ninguém está livre de triangular. haverá alguém a quem isso não aconteceu, mesmo que involuntariamente ou no reino da fantasia?!
... nã!

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