terça-feira

impressões à parte

no cenário mais improvável pus-me a ler o comple(men)to de tudo. fazia parte das lacunas a preencher antes de ir desta para melhor. o livro tem tudo: filosofia, poesia, biografia. o querer, o possível, o conseguido. a eternidade do efémero. as dúvidas, as certezas, os feitos e os pensamentos. m. yourcenar demorou anos e anos a escrever, riscar, destruir e reescrever.
não lamento o tempo que protelei a empreitada. há instantes em que certos textos fazem todo o sentido.


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ao jornalista acontece como à criança que aprende a andar de bicicleta sozinha. tem uma atracção enorme pelo brinquedo e um 'medo' terrivel do desconhecido, mas é com as quedas que aprende a pedalar. e tudo acaba por correr bem. mas só quando a imprudência já é consentida pela experiência.

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viajar só, com escalas várias, horários apertados e sem pontos de referência faz-nos suportar melhor o que (em nós) é menos tolerável.

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