quarta-feira

amor e sexo (IV)

sexo - verbal ( não confundir com oral) - é o que não falta na net.
os blogs, então, são grandes hospedeiros de filosofias, fantasias e acrobacias. ora são as alusões às starlets, ora os relatos de façanhas – inventadas ou não.
pelo meio de tudo isso há uma torrente de moralismo mascarado. e não há nada pior que os profetas da verdade. porque... não há verdade, só pontos de vista: lugares de onde olhamos, pensamos e sentimos.


não deixo de me surprender com as vezes em que ‘não bate a bota com a perdigota’. mais interessante e, para mim, inexplicável, é falta de distanciamento crítico - ou hipercrítico, o que dá no mesmo - que seres adoráveis têm em relação a si próprios e em relação aos comportamentos dos outros.

às vezes, basta darmos um passo atrás para vermos o caminho de outro modo, menos elíptico e mais holístico.
lembro, a propósito, a história da
viúva-negra: uma aranha que após a relação sexual necessita de alimento. e que faz ela? mata o macho para se alimentar... curiosamente, a natureza fez com que alguns machos levem consigo um pequeno “presente” para a fêmea, geralmente um insecto que lhe oferecem logo após o relacionamento. e, com isso, a fêmea poupa-lhes a vida.
esperteza de macho ou estratégia de sobrevivência?

ps - não adianta termos uma bitola de ética para nós e outra diferente para os outros; nem sermos mais severos connosco do que com os demais, quando os pressupostos [amor e sexo] são os mesmos. e vice-versa .

3 comentários:

GRAFIS disse...

Ainda bem que eu tenho um medo que me pelo por aranhas, até mesmo daquelas que tem apenas uns milímetros. Assim não corro risco de morrer apunhalada com um ferrão venenoso, nem tenho de aprender ou fazer por sobreviver a esse “protocolo”.

lr disse...

oh, vizinha!
creio que não percebeu (ou não me expliquei)
a estratégia da aranha (viúva negra) é como que uma metáfora... não vale só para femêas que'comem' machos.

GRAFIS disse...

:) Eu percebi, razão pela qual a minha fobia por aranhas é até uma vantagem, seja pelos aninmaizinhos peludos, seja pelas "viúvas negras" que abundam por aí.