e prontosS: o paraíso – pelo menos o dos filmes – é igualzinho a isto.
famílias felizes, eles fortes, quando não bem nutridos, elas quase sempre loiras, voz duma simpatia aguda, e as criancinhas todas muito autosuficientes – pequenos homenzinhos, senhorinhas de si (e do mundo!).
a bem dizer, não é isto que faz o paraíso – só o povoa...
o paraíso, itself, são lagos, palmeiras, quedas de água, sol generoso, calor e sombra fresca, e muito verde por onde se estenda o olhar.
cheguei ao paraíso (?!) e parece-me que não sei o que hei-de fazer com ele.
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a mesma ideia volta a impor-se: este é o país dos excessos! No gelo, no quente, nas doses de comida, a beber refrigerantes ou cerveja, desmesura também na linguagem e, às vezes, até no porte. as crianças só podem beber a partir dos 21 anos, não se fuma em qualquer idade (?!),conduz-se a partir dos 16 mas há porte de arma logo aos 18...
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e' também aqui que a aparência decide mais, e mais subtilmente, que noutros sítios: da gentileza dos criados ao preço dos produtos marcado sem taxas. para que a gorjeta, essa fantástica sublimação da esmola, pingue no final do repasto; para que o consumidor perceba que a mercadoria até tem um preço que pode ser razoável, mas o estado-sacana tributa mais o imposto...
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numa terra onde tudo se paga - menos o que devia pagar-se: o excesso dos talheres, copos e embalagens de plástico, dos molhos e dos açucares a rodo – escutam-se diálogos surpreendentes. como o daqueles velhos colegas que comentavam a política de recrutamento no seu sector e concluiam que “a experiência (profissional) não tem preço!...ninguém pode dar um valor ao conhececimento a fundo de um 'job'
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para que serve uma grande piscina, que mais parece um lago? e famílias em férias? por exemplo, para os pais ensinarem os filhotes a nadar. convenhamos que sai mais barato e é mais divertido que as nossas tradicionais aulas de natação. com as brincadeiras, e a pregar partidas, entre boias e braçadeiras, rebentos e progenitores fazem a festa numa tarde de sol. dois velhos namoram à beira do lago - a felicidade deve ser poder fazer isso...
o calor é quase infernal – e não é nada comparado com os meses de Verão, dizem eles –mas nenhuma paixão se incendeia. O lume brando queima menos, não é?
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para que vêm as marcas de roupa europeias – Zara, H&M, etc e tal – para aqui? se há tanta e tão boa cultura fashion, onde cabem todos os dress code e a preços ‘acessíveis’... há um gosto urbano, vagamente rebelde, alternativo ou revivalista, de Urban Outfitters; e há também o bom e sóbrio gosto de J. Jill . além do mais, muitas das marcas fazem questão de dizer que os produtos são de algodão deste estado,ou de linho, fabricados na factory de outro estado, e tudo made usa – qual china!
4 comentários:
Ah... e não te esqueças de comprar a Rolling Stone do 40' aniversário - tem um grande (of course...) RS (cortado) na capa...
ora... ja' esta' . o fundamental nunca (?) esqueco...- e sim, a sra que ma vendeu disse que nao sendo ela leitora habitual, esta era uma grande edicao. sera' porque tras o neil young? e ainda vou tentar ir a uma b&n, portanto as encomendas podem seguir por sms... kisses
Confesso que os estates nunca me deixaram impressionada. Ainda recordo imagens algo dantescas: uma família de obesos a comer patas de frango em molho de tomate de dentro de um saco de plástico e em plena viagem de metro, de ter sido expulsa logo à entrada de um bar vazio, bem próximo da 5.ª avenida, por não ter "categoria" suficiente. Não me deixarem conduzir um carro alugado por ter apenas 24 anos (só permitido a maiores de 25 anos).
Fosse quem fosse, tivesse ou não tivesse USD’s, a xenofobia espreita e as clivagens são notórias. A cidade fervilha enquanto que numa pequena cidade perto de Rochester os bares fechavam às 20h.
A única coisa que valeu a pena foram as noites que passei num pequeno bar numa cave em plena Greenville durante o famoso festival de Jazz, porque todo o resto foi tortuoso e estranho.
os states, nao sei... gosto de ny, que nao e' de todo os states. gosto de outras coisas, nao gosto de outras. mas gosto sempre de conhecer. essa e' uma grande dadiva desta vida.nas outras vezes nao tive pachorra ou oportunidade para algumas notas sobre a experiencia.notas que valem o que valem e nem sequer sao originais...
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