o vazio preenche tudo quando não há mais esperança numa redenção.
entra-se e sai-se dos sítios, como se nunca tivéssemos experienciado a vontade de situar-nos. falham-se os mais elementares segundos em que é proibido mentir. e todavia prossegue-se a errância. e assim dámo-nos em passos falsetes de convicções. como se não existissemos como pessoas. é-se actor num cenário de horror. e não estamos no palco. nem se trata de interpretar personagens. é a própria personagem que domina o sujeito. um faz-de-conta pusilânime de soberba. um veneno que se espalha na terra como se o grande alquimista se tivesse distraido no momento vital. não é viável falar 'amor': o que não existe, não é nomeável.
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